A covid-19 já corresponde a 59,6% dos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda) com identificação viral nas últimas quatro semanas (de 1 a 28 de maio), o que representa um aumento dos casos neste ano.
Entre 20 de março e 16 de abril, período com o menor porcentual, a covid correspondia a 34,1%.
O dado, divulgado nesta quarta-feira (1º), pelo Boletim InfoGripe Fiocruz, mostra uma tendência de aumento pela terceira semana epidemiológica consecutiva.
Somente na última semana epidemiológica (de 22 a 28 de maio), o porcentual de covid entre os casos de SRAG eram de 48%, enquanto que nas semanas anteriores, eram de 41% e 37%.
“O aumento de SRAG associada à covid indica um aumento dos casos em geral da doença, já que os casos leves são apenas a ponta do iceberg em relação ao total de casos de covid”, explica Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz.
O boletim aponta ainda que, entre os casos que evoluíram para óbito, 91,1% dos que tinham identificação viral testaram positivo para covid. Além disso, a curva nacional de casos notificados de SRAG continua com indícios de forte crescimento nas tendências de longo (últimas 6 semanas) e curto prazos (últimas 3 semanas).
Segundo a Fiocruz, segue predominando em crianças de 0 a 4 anos o vírus sincicial respiratório (VSR), seguido dos casos de Sars-CoV-2, rinovírus e metapneumovírus. Os casos associados à Sars-CoV-2 nas últimas quatro semanas ultrapassaram os registros associados ao rinovírus, uma alteração decorrente do aumento de casos de covid-19 na população em geral.
Nas outras faixas etárias, o Sars-CoV-2 mantém o predomínio dos casos com identificação laboratorial, seguido do vírus sincicial respiratório, da influenza A e da influenza B.
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INTERNAÇÕES POR COVID
O número de internados por covid-19 subiu até 275% em hospitais privados de São Paulo no intervalo de um mês. Nas redes municipal e estadual, o aumento de hospitalizados por covid também foi significativo – os números mais do que dobraram no mesmo período.
Apesar da alta, o cenário ainda é distante do pico da variante ômicron, no começo do ano. Com o avanço da vacinação, especialistas dizem que há risco bem menor de uma explosão de casos graves da doença.
Com o avanço da transmissão, o Comitê Científico do governo estadual recomendou que as pessoas voltem a usar máscaras em ambientes fechados. A orientação não altera a lei, que segue obrigando a utilização da proteção apenas em unidades de saúde e no transporte público.