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coronavirusGoverno de SP afirma que ainda não há solução para repor estoque de kit intubação

Governo de SP afirma que ainda não há solução para repor estoque de kit intubação

Ontem, AME de Campinas – gerido pelo governo estadual – suspendeu atendimento por falta de medicamentos para intubação

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O AME de Campinas é gerido pelo governo estadual (Foto: Denny Cesare/Código19) 

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ainda não há definição de como será reposto o estoque de kit intubação em São Paulo para os próximos dias. Segundo Jean Gorintcheyn, secretário estadual de Saúde, o estado está há semanas equilibrando ações para que os medicamentos não faltem nos hospitais.

Em Campinas, ontem o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) suspendeu o atendimento uma vez que tem racionado o uso de remédios para intubação dos pacientes. A suspensão é por tempo indeterminado, até a chegada do kit intubação. Não foi informada uma data para quando isso deve ocorrer.

No Brasil, o Ministério da Saúde não tem enviado kits em número necessários aos estados e municípios. Também passou a fazer requisições administrativas que obrigam as fábricas a destinar o excedente de sua produção para a pasta, o que na prática impede a compra direta por prefeitos e governadores.

Segundo Gorintcheyn, o estoque atual “conforta por mais alguns dias” os hospitais estaduais. No entanto, ele diz que é preciso fornecer os medicamentos também aos municípios para não deixar as unidades municipais desassistidas.
A estimativa é que o estoque seja suficiente para atender a demanda dos hospitais de 7 a 9 dias.

Não há definição do que poderá ser feito após esse período, já que o Ministério da Saúde ainda não informou a previsão de envio dos medicamentos. 

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COMPRA EMERGENCIAL

O governador João Doria (PSDB) anunciou na terça (13) que vai fazer a compra emergencial, no exterior, dos kits. No entanto, segundo Gorintcheyn, a aquisição nesse formato demanda mais tempo. Também não há previsão de quando os medicamentos dessa compra estarão disponíveis.

“São Paulo autorizou a compra internacional, mas leva tempo. O que precisamos é da compra centralizada do Ministério da Saúde para todos os estados. Essa não é uma necessidade só de São Paulo”, disse Gorintcheyn nesta quarta (14) no Instituto Butantan ao lado de Doria, onde acompanharam a entrega de novas doses da Coronavac ao governo federal.

Ao menos desde o início de março, hospitais particulares e redes públicas de saúde alertam para o estoque baixo de medicamentos usados para a intubação de pacientes com Covid-19.

O kit é composto por sedativos e neurobloqueadores, que são usados para relaxar a musculatura e ajudam os pacientes a permanecer com ventilação mecânica e a suportá-la. Em março, o ministério de determinou a requisição administrativa desses medicamentos. 

Segundo Gorintcheyn, em algumas unidades de saúde já há o uso de medicamentos alternativos pela falta dos que eram antes usados.

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