O HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp informou no final da tarde desta quarta-feira (20) que prorrogou por mais 48 horas a restrição no atendimento pediátrico. A medida foi adotada por conta de lotação na unidade.
De acordo com a assessoria de imprensa da unidade, a Unidade de Emergência Referenciada Pediátrica continua sem vagas disponíveis. A mesma explicação foi dada pela Superintendência do Hospital na última segunda (18).
“A situação será avaliada diariamente para decidir a suspensão ou manutenção. Nas últimas semanas houve um aumento expressivo de procura espontânea e referenciada de casos com síndromes respiratórias”, informou na ocasião.
Nesta quarta, todos os 36 leitos da enfermaria pediátrica são usados. Já as UTIs (unidades de terapia intensiva) para este público estão com 18 das 20 vagas com ocupação. Porém, há casos urgentes chegando a todo o momento no local.
“A UTI está com 18 pacientes, mas há um caso de derrame pleural para broncoscopia que acabou de chegar e um recém-nascido em sepse na sala de urgência do pronto-socorro”, divulgou ainda a assessoria do hospital.
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COMUNICADOS
Na segunda, a Superintendência do Hospital de Clínicas disse que enviou comunicados para que pacientes não fossem encaminhados à unidade.
A informação foi encaminhada à Cross (Central Estadual de Regulação de Vagas), à DRS-7 ( Diretoria Regional de Saúde 7), aos serviços de resgate das rodovias, ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), às prefeituras da região e também para o grupamento Águia da PM (Polícia Militar).
NA ÚLTIMA SEMANA
Na última semana, na terça-feira (12), a Prefeitura de Campinas e o HC informaram que as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) neonatal estavam superlotadas.
No dia, de acordo com o Caism (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher), todos os 12 leitos de UTI neonatal estavam ocupados e três bebês esperavam vagas.
Já a Prefeitura fez um apelo ao governo estadual para a abertura de novos leitos infantis.
“A gente tem uma preocupação muito grande de que se esgotem todas as nossas possibilidades de assistência para um público tão específico e de tamanha responsabilidade. Que é o público da neonatologia. A gente gostaria é da possibilidade de ter um melhor reordenamento destas crianças pela Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) São Paulo, principalmente as crianças fora da região metropolitana de Campinas. E as da região um estudo e a possibilidade de implementação de ampliação de leitos emergencial para poder atender este volume”, disse Erika Guimarães, diretora do DGDO (Departamento de Gestão e Desenvolvimento Organizacional).
Ainda de acordo com ela, o município de Campinas não tem como continuar acolhendo todas essas crianças da região.
OUTRO LADO
Há uma semana, a secretaria de Saúde do Estado disse que “segue acompanhando o cenário e mantém diálogo com gestores regionais para análises técnicas e definição das estratégias assistenciais e reforça que, durante o monitoramento permanente que realiza, pode haver ampliação de leitos”.
A pasta informou ainda que “atualmente, a região de Campinas conta com 77 leitos de UTI neonatal. Importante ressaltar que a abertura de leitos não é prerrogativa exclusiva do Estado, cabendo também aos municípios e à União”.
