A Prefeitura de Campinas abriu uma licitação nesta quinta-feira (1º) para a reconstrução e instalação de gradil no muro do Cemitério da Saudade. O documento foi publicado no Diário Oficial. Parte da construção caiu em março deste ano e precisou ser fechada com tapumes de madeira, que seguem até hoje – veja detalhes abaixo. A previsão é que a obra seja realizada em seis meses. A intenção é refazer todo o muro do local. Segundo a Prefeitura o muro atual foi erguido na mesma época de fundação do cemitério, em 1880.
A licitação para a obra está orçada em R$ 3,2 milhões, por meio da Setec (Serviços Técnicos Gerais), autarquia que administra os solos públicos de Campinas. O edital e os anexos estarão disponíveis a partir de segunda-feira (5), no site da Setec. De acordo com a Administração, a última reforma no local aconteceu há mais de 15 anos.
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DETALHES DA REFORMA
O projeto foi elaborado pela secretaria Municipal de Serviços Públicos e prevê a reconstrução dos 1.076 metros de muro que margeiam as Ruas Abolição e Luiz Cappa e a Avenida da Saudade. O muro terá 1,5 metro de altura e sobre ele será instalado o gradil com 2 metros, totalizando 3,5 metros de altura.
Após a conclusão das obras, o muro receberá o plantio de cerca viva em toda a sua extensão. A reedificação foi analisada e aprovada pelo Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas), uma vez que o Cemitério da Saudade é um bem tombado desde 2003.
O Cemitério da Saudade é considerado um museu a céu aberto por conta das obras de arte tumulares distribuídas ao longo de suas 112 quadras. O espaço fica no bairro Ponte Preta e o horário de funcionamento é das 7h às 18h.
QUEDA DO MURO
Parte do muro do Cemitério da Saudade desabou no dia 30 de março deste ano, em Campinas. Segundo a Setec, a queda foi em 20 metros de extensão do muro, que tem três metros de altura. A abertura fica na construção da Avenida Francisco de Paula Souza, na Vila Marieta. Segundo a Setec, o muro desabou sozinho durante a tarde. A queda não atingiu as sepulturas.
Na época, a empresa informou que já vinha avaliando as condições e tem laudos técnicos sobre as condições do muro, que tem 2 quilômetros. “As possíveis causas da queda são o desgaste dos materiais a construção tem mais de 60 anos – , e a drenagem insuficiente”, informou a autarquia.
MEDIDA PALIATIVA
No dia seguinte à queda, equipes trabalharam para fechar a entrada aberta e tapumes foram instalados. “A segurança na área foi reforçada”, acrescentou a autarquia.
Vale lembrar que parte do muro do cemitério também desabou no começo do ano passado, após um temporal. A queda também aconteceu no trecho da Avenida Antônio Francisco de Paula Souza. Na ocasião, equipes da Secretaria de Serviços Públicos removeram parte do muro e o trecho foi reconstruído.
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