A gotinha mais famosa do Brasil, da vacina contra a poliomelite, teve a sua última distribuição nesta semana. A Saúde de Campinas altera o esquema vacinal contra a doença na cidade a partir deste sábado (28), já que todas as doses do imunizante que erradicou a paralisia infantil no país vão passar a ser administradas por meio de injeção.
A medida ocorre porque a vacina oral será substituída por dose única da VIP (Vacina Injetável da Poliomielite) a partir de 4 de novembro. Com o fim da gotinha, o Ministério da Saúde inicia um processo de transição. A vacinação, em alguns casos, vai sofrer uma pausa até o novo esquema começar no país.
A orientação determinada pelo Ministério foi feita a partir de critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacinação e recomendações internacionais.
Como fica o esquema vacinal da poliomelite?
A dose injetável da vacina contra a poliomelite sempre foi aplicada inicialmente, mas as de reforço aconteciam a partir da gotinha por via oral. Durante a transição, as aplicações da VIP permanecem iguais no esquema primário:
- Aos 2 meses: 1ª dose
- Aos 4 meses: 2ª dose
- Aos 6 meses: 3ª dose
Já o reforço com aplicações da vacina oral para crianças aos 15 meses (primeira dose) e aos 4 anos (segunda dose) foram encerradas pelos CSs (Centros de Saúde) ontem (27). A partir de 4 de novembro, o novo esquema prevê apenas dose única da VIP aos 15 meses.
Com isso, entre 28 de setembro e 3 de novembro não haverá vacinação de reforço após esquema primário.
“Este intervalo é necessário para que todas as cidades brasileiras recolham os imunizantes VOPb e, com isso, o processo de transição seja realizado de forma segura”, explicou a coordenadora do Programa de Imunização de Campinas, Chaúla Vizelli.
Contexto da doença no Brasil
A pólio é uma doença considerada grave e caracteriza-se pela paralisia que, em geral, acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível. O último caso no Brasil ocorreu em 1989, sendo que em 1994 houve certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem.
Contudo, em 2023 o país foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas. Isso, portanto, inclui principalmente as cidades mais populosas.
Nos últimos anos, a cobertura vacinal da pólio ficou abaixo da meta de 95% em Campinas, conforme divulgou a secretaria de Saúde:
- 2019: 90,2%
- 2020: 89,9%
- 2021: 84,8%
- 2022: 89,6%
- 2023: 94,8%
A dose de referência para cobertura é a terceira de VIP.
Importância da vacinação
A Saúde ressalta a importância dos pais ou responsáveis manterem as cadernetas de vacinação das crianças atualizadas. Não é preciso realizar agendamento para receber vacinas contra pólio nas unidades básicas.
As salas de vacinação funcionam conforme horário de funcionamento de cada CS. Basta levar documento de identidade com foto e a carteira de vacinação (se tiver).
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