*Com informações de Wesley Justino/EPTV*
Um casal foi preso em Campinas após manter uma adolescente de 14 anos em cárcere privado. O crime era cometido pela própria mãe da jovem, de 37 anos, e o padrasto da vítima. Os dois também foram indiciados por tráfico de droga, sendo responsáveis por manter na residência um ponto de abastecimento de entorpecentes.
Segundo a Polícia Civil, equipes receberam uma denúncia anônima que relatou a situação de cárcere enfrentada por uma adolescente na Vila Palmeiras II. Na residência, a menina confessou que era impedida de sair e realizava trabalhos domésticos forçados no local, presenciando o consumo de drogas e chegando a ser obrigada a fazer o embalo dos entorpecentes.
Além disso, a jovem relatou que era assediada sexualmente e obrigada a presenciar até mesmo relações sexuais entre a mãe e o padrasto.
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“Ela confessou que estava sendo mantida em cárcere pela própria mãe e relatou uma situação bastante degradante e grave. Informalmente aos agentes ela relatou que o padrasto a aliciava e instigava sexualmente, a mãe obrigava a realizar alguns trabalhos ali forçados no interior da residência e muitas vezes a impedia de sair, estando bem caracterizada a situação de cárcere privado”, detalhou o delegado Luis Fernando Dias de Oliveira.
Segundo o delegado, havia cozinhas diferentes e a adolescente precisava fazer seu próprio alimento. Em depoimento, a jovem contou que morava com o pai na Bahia, e veio para Campinas morar com a mãe a cerca de um ano.
Drogas
Na residência, foi encontrada mais de 5 mil porções de drogas, entre crack, cocaína, e maconha, além de cadernos contendo anotações do tráfico e balanças de precisão, que comprovam que o local funcionava como um dos pontos de tráfico na região.
Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar foi acionado para realizar o acolhimento da adolescente e o caso foi encaminhado à Vara da Infância e Juventude. Segundo a polícia, o órgão não tinha conhecimento do caso.
“O Conselho Tutelar foi acionado e foi uma surpresa que há tanto tempo isso ocorria e nunca tenha chegado até eles. Isso infelizmente mostra que essa menina não tinha nenhum tipo de contato com o ‘mundo externo’ que a possibilitasse de relatar isso para as autoridades”, acrescentou o delegado.
O caso será encaminhado para investigação pela DDM (Delegacia da Defesa da Mulher) que também vai investigar possíveis crimes sexuais contra a menor.
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