A defesa do jovem de 18 anos que atropelou e matou um casal de idosos na noite desta terça-feira (18) em Santa Bárbara d’Oeste nega que o cliente dirigia em alta velocidade e alega que as vítimas atravessavam a avenida fora da faixa de pedestres. A versão contraria o relato de uma testemunha. Apesar disso, a defesa confirma que o investigado não possuía habilitação (veja mais abaixo).
De acordo com o advogado, William Oliveira, o jovem está no processo para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e usou a Kombi da mãe para ir e voltar do trabalho por conta do dia chuvoso. O acidente aconteceu na Avenida Santa Bárbara por volta de 20h, horário no qual ainda chovia sobre a região.
“Ele estava na preferencial, o sinal estava verde e ele passou e se deparou com um barulho. Não conseguiu frear, foi surpreendido por aquilo e percebeu que tinha acontecido alguma coisa mais grave. Ele fez um aceno pra viatura, contou o que tinha acontecido, foi com a viatura ao local e aguardou o socorro”, diz.
Oliveira alega que o cliente estava “em uma velocidade compatível”. “É uma via que em muitos radares, o sinal estava verde e essas pessoas, não sei por qual motivo, estavam atravessando fora da faixa de pedestres”, afirma, defendendo que o caso foi uma “fatalidade” e que por isso o jovem não permaneceu preso.
Uma mulher de 78 anos e um homem de 72 anos morreram depois de serem socorridos. A reportagem da EPTV Campinas esteve na avenida nesta quarta-feira (19). A velocidade máxima definida ao longo da via é de 70 km/h, mas não há radares ou câmeras próximos ao semáforo onde o atropelamento aconteceu.
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VERSÃO DE TESTEMUNHAS
De acordo com o boletim de ocorrência, o caso aconteceu por volta de 20h, quando um casal de testemunhas que passava de moto pela Avenida Santa Bárbara viu o veículo em alta velocidade atingindo os idosos, que estariam caminhando sobre a faixa. A mulher contou que desceu da moto e que o marido seguiu o motorista que causou a colisão por cerca de 2 km antes dele parar.
Quando a PM (Polícia Militar) chegou ao local, o casal já havia sido encaminhado pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Afonso Ramos e só o jovem foi encontrado. Ele não possui Carteira Nacional de Habilitação, dirigia o veículo que está no nome da mãe e passou por teste de bafômetro, que não apontou consumo de bebida alcoólica. Depois disso, foi levado à delegacia.
Durante o atendimento, os PMs foram informados que o casal atropelado não resistiu aos ferimentos. A Kombi foi passou por perícia e depois foi devolvida ao pai do envolvido, que acabou liberado e deve responder em liberdade. A ocorrência foi registrada com base no artigo 302 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) por prática de homicídio culposo na direção de veículo automotor.
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