- Publicidade -
CotidianoAlta da dengue em Campinas gera dúvidas sobre onde buscar atendimento; entenda

Alta da dengue em Campinas gera dúvidas sobre onde buscar atendimento; entenda

Campinas já registra 16.053 casos confirmados e três mortes por dengue, conforme atualização desta segunda-feira (11)

- Publicidade -

Com a alta dos casos de dengue, é comum que as pessoas com sintomas tenham dúvidas sobre qual é o melhor lugar para procurar atendimento médico. Campinas já registra 16.053 casos confirmados e três mortes, conforme atualização desta segunda-feira (11).

Um levantamento da Secretaria de Saúde, obtido pela EPTV Campinas, mostra que os moradores da cidade acabam buscando mais por atendimento nos hospitais locais, em vez de Centros de Saúde, quando apresentam os primeiros sintomas da doença.

De acordo com os dados, 43% das pessoas sintomáticas procuram Pronto-Socorros, como da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e PUC-Campinas, hospitais e laboratórios particulares.

Outros 35% buscam os Centros de Saúde, enquanto 22% vão para a Rede Mário Gatti, Ouro Verde e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Diante da situação de emergência na cidade, a orientação dos especialistas é procurar o quanto antes a unidade de saúde mais próxima.

Diferenças no atendimento

No Pronto-Socorro do HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp, pacientes que chegarem com suspeita de dengue durante a manhã, por volta das 8h, vão enfrentar lotação e espera. Isso porque, desde janeiro, esta unidade notificou 105 casos confirmados da doença, a maioria deles leves, mas cerca de 25% dos pacientes precisam de internação.

A coordenador do HC, Maria Ângela Ribeiro, acredita que essa alta demanda do hospital costuma acontecer por conta das pessoas procurarem atendimento garantido, já que a unidade funciona 24 horas, ou seja, nunca fecha.

Ela defende um plano unificado de contingência para enfrentar a doença na RMC (Região Metropolitana de Campinas), como forma de “organizar a regulação e a referência desses casos de emergência”.

- Publicidade -

“O sistema de Saúde já é sobrecarregado, já que ele não consegue dar o acesso necessário para toda população. Então, é preciso organizar estratégias que garantam esse acesso porque na dengue o acesso rápido e a reavaliação é uma garantia de que o paciente sobreviverá”, explica.

Rede particular

No caso do Hospital Vera Cruz, da rede particular em Campinas, foi definido que o atendimento das pessoas com dengue deve ser feito à tarde para garantir um atendimento com mais agilidade. A exceção são os casos de pacientes já diagnosticados, mas que precisem de um acompanhamento durante a semana.

O fluxo tem sido intenso, em que são cerca de 70 a 100 casos suspeitos por dia. Destes, 60% dos pacientes tem diagnóstico positivo para a dengue.

“Desde janeiro a gente vem observando um grande aumento do número de casos, semana a semana. O hospital, por sua vez, além de treinamento e capacitação da equipe, teve um incremento do número de profissionais atendendo esses pacientes”, comenta o Diretor Técnico Médio do Vera Cruz, Gabriel Redondano.

A coordenadora médica do Pronto-Socorro do hospital, Carla Roballo, explica que o atendimento segue um fluxo único, separando os pacientes conforme a gravidade de cada caso. Na classificação de risco, são avaliados sintomas como pressão baixa, batedeira no peito e síncope, por exemplo. Estes casos tem uma classificação diferente e um fluxo mais rápido já que o atendimento tem que ser mais emergencial, conforme aponta a especialista.

Além disso, o Vera Cruz conta com um ambulatório de dengue dentro da própria unidade, onde é feito o acompanhamento de pacientes infectados, para retorno de hemograma, avaliação da pressão, hidratação, entre outros. Segundo Roballo, são cerca de 20 a 30 pacientes atendidos por dia.

A designer Ariela Parque, que estava com sintomas de febre e fraqueza muscular há três dias, considerou o fluxo de atendimento rápido no hospital. “Pela quantidade de pessoas que tem aqui, que é grande, o atendimento está bom”, avaliou.

Geralmente, em emergências privadas, os horários mais tranquilos para atendimento são sempre antes das 9h da manhã ou depois das 22h. Se você tem convênio, é importante verificar antes se o hospital que você vai atende ao seu plano.

Atendimento na rede pública

Além do Pronto-Socorro do HC Unicamp, que funciona 24h, qualquer pessoa que se sente mal e pode estar com dengue tem, na rede pública em Campinas, as seguintes opções:

  • Centros de Saúde dos bairros, onde ocorre o atendimento de “atenção básica”, até as 18h;
  • UPAs e Rede Mário Gatti, que são 24h.

No Centro de Saúde Eulina, que fica no bairro que mais registra casos na cidade, o paciente demora cerca de 3h para se atendido, por exemplo.

Como funciona a estatística da dengue?

A diretora de Saúde de Campinas, Mônica Prado Nunes, explica que em todos os casos de um paciente que passa por um serviço de Saúde, o profissional que o atendeu e suspeitou de dengue precisa obrigatoriamente fazer a notificação. O mesmo vale para laboratórios que realizam o exame de hemograma, por exemplo, para que esses casos contabilizem nas estatísticas da cidade.

*Com informações de Jorge Talmon/EPTV Campinas

Quer ficar ligado em tudo o que rola em Campinas? Siga o perfil do acidade on Campinas no Instagram e também no Facebook.

Receba notícias do acidade on Campinas no WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o link aqui!

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Campinas e região por meio do WhatsApp do acidade on Campinas: (19) 97159-8294.

LEIA TAMBÉM NO TUDO EP

Casos de dengue dobram em São Paulo em apenas um mês

Novo teste de HPV no SUS pode antecipar diagnóstico em até 10 anos

- Publicidade -
Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -