Um suposto ataque cibernético está gerando preocupação entre alunos de uma unidade de ensino da FGV (Fundação Getúlio Vargas), com sede em Campinas. Alguém teve acesso aos dados desses alunos, e essa pessoa se apresenta como um hacker. Ele pediu o resgate dos dados através de um pagamento de mais de R$ 1 milhão em Bitcoins, que deveria ser feito pela universidade em um prazo de 8 dias.
Estudantes do Instituto de Educação Empresarial de Campinas e também de Belo Horizonte receberam um e-mail que mostra o nome completo dos estudantes, CPF, RG, endereço e pediram o resgate das informações. Caso contrário, os dados de 74 mil estudantes seriam expostos na internet.
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“Eu recebi um e-mail endereçado a mim mesmo dizendo que essa suposta pessoa teria os dados dos alunos, e falando que se a instituição não efetuasse um pagamento em um determinado valor, eles fariam a exposição desses dados. A preocupação é que o pessoal pode estar utilizando (os dados) para fazer contas, abrir contas, alterar contas, fazer algum estelionato com o nosso nome, também pode estar acessando as nossas contas sociais, conta em banco, e-mail, alguma coisa nesse sentido”, disse uma vítima que preferiu não se identificar.
De acordo com a Universidade, o sistema de segurança apontou tentativas de ataques, mas o programa não foi invadido. Além disso, informou que o vazamento pode ter ocorrido de outra forma.
“A empresa já vem tomando os cuidados, como sempre tomou, com os dados dos alunos, e nada foi detectado até o momento. A gente acredita que possa ser uma tentativa de obtenção de vantagem indevida. Não se confirmou nenhuma efetivação de quebra de sigilo”, afirmou o advogado Ivan Castrese.
O especialista técnico de infraestrutura e segurança, Rodrigo Elvis de Avelar, apontou alguns elementos que descartariam a possibilidade dessa ação ter sido feita por um hacker.
“Geralmente, essa mensagem vem em inglês, não em português, e também a assinatura no final, bem fora do comum. Um outro fato que chama atenção é que, quando uma empresa sofre um ataque hacker, os dados são criptografados, ficam de uma forma que não é mais possível acessá-los. No conteúdo desses dados, fica alguma mensagem solicitando o resgate”, explica.
Independentemente de ser ou não um ataque cibernético, se apropriar de dados de terceiros é crime. O boletim de ocorrência foi registrado em Belo Horizonte e o caso é investigado pela Polícia Civil.
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