Após acumular R$ 24.254.379,85 em resultados negativos desde 2007, a Ceasa (Centrais de Abastecimento S.A.) de Campinas anunciou nesta semana que fechou 2021 com superávit. Esta foi a primeira vez em 12 anos que isso aconteceu.
De acordo com a sociedade de economia mista do município, o lucro no ano passado foi de R$ 456.979,98. Em 2009, último ano com saldo positivo, o caixa fechou com R$ 464.843,85 (veja mais abaixo). O resultado foi atribuído a uma série de medidas.
O presidente da Ceasa, Valter Greve, cita entre os exemplos o controle da inadimplência, aplicações financeiras, abertura de licitação para ocupação de áreas no Mercado de Flores e no Mercado de Hortifrúti, e ainda parcerias com o poder público.
“Conseguimos reduzir as despesas de manutenção e demais obras, renegociar e prorrogar contratos sem reajustes e controle dos custos”, detalha Greve, que comemora as cifras em meio a um momento de crise financeira após dois anos de pandemia.
A suspensão do pagamento de verbas rescisórias aos ocupantes de cargo de livre nomeação e exoneração, assim como a recuperação de impostos ao longo do ano também foram citadas pela presidência como exemplos de medidas administrativas.
Confira os resultados dos exercícios financeiros nos últimos 15 anos:
2007 – R$ 1.678.925,80 Negativo
2008 – R$ 1.078.861,66 Negativo
2009 – R$ 464.843,85 Positivo
2010 – R$ 2.364.426,32 Negativo
2011 – R$ 3.340.221,22 Negativo
2012 – R$ 2.179.279,60 Negativo
2013 – R$ 4.029.775,97 Negativo
2014 – R$ 1.556.140,25 Negativo
2015 – R$ 1.600.834,08 Negativo
2016 – R$ 514.123,50 Negativo
2017 – R$ 1.513.419,35 Negativo
2018 – R$ 1.838.287,72 Negativo
2019 – R$ 1.023.852,63 Negativo
2020 – R$ 2.001.075,60 Negativo
Total negativo nos últimos 15 anos – R$ 24.254.379,85
2021 – R$ 456.979,98 Positivo
SUBSÍDIO NA PANDEMIA
O saldo positivo foi alcançado mesmo após o subsídio de R$ 480.287,29 concedido aos permissionários do Mercado de Flores e do Horto Shopping Ouro Verde em 2021, quando as atividades comerciais foram suspensas em razão da pandemia de covid-19.
O valor, que tinha como intuito incentivar a continuidade das atividades, desonerou parcialmente os custos mensais dos permissionários e permitiu que eles tivessem condições de suportar o período de fechamento de comércios e manter as atividades.