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CotidianoApós falta, Campinas promete vacina de rotavírus em todos os Centros de Saúde

Após falta, Campinas promete vacina de rotavírus em todos os Centros de Saúde

No total, 23 Centros de Saúde de Campinas estavam sem imunizante contra rotavírus na segunda-feira, início da campanha de multivacinação; entenda o caso

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Campanha de Multivacinação em Campinas (Foto: Gilson Machado/PMC)
Campanha de Multivacinação em Campinas (Foto: Gilson Machado/PMC)

A secretaria de Saúde de Campinas realizou nesta terça-feira (9) uma reunião para discutir a falta de vacinas contra o rotavírus e informou que até amanhã (10), ao final do dia, todos os CSs (Centros de Saúde) da cidade terão estoque da vacina.

Segundo a Prefeitura, a pasta está remanejando doses entre as unidades. A medida, ocorreu depois da própria secretaria ter confirmado ontem 23 CSs da cidade sem o imunizante.

As vacinas deveriam estar disponíveis na campanha de multivacinação que começou nesta segunda-feira.

RECONTAGEM

De acordo com a Prefeitura, será feita uma recontagem das doses para distribuição entre as unidades.

Apesar da falta nas 23 unidades, ontem a Administração afirmou que a vacina estava disponível em outras 43 unidades municipais.

Em entrevista à EPTV, a diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas, Andrea von Zuben, indicou o aumento na procura e afirmou que a Saúde deve escolher postos para centralizar a vacinação.

“A gente costuma fazer um uso de 400 a 500 doses por mês, mas em uma campanha costumamos ter aumento de pelo menos 50%. Nós estamos escolhendo provavelmente algumas unidades que a gente terá a vacina disponível. Então vamos direcionar esses pais para o local que tenha essa vacina. Devemos escolher áreas que tenham mais nascidos vivos, ou seja, mais crianças moradoras entre 2 e 4 meses de idade”, explicou.

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DIFICULDADES

A analista de crédito Charleane Marques da Silva, que tem uma bebê recém-nascida, conta que está na espera para imunizar a filha.

“Eu fui em julho para dar as vacinas conforme o calendário e chegando lá falaram que a vacina contra o rotavírus estava em falta. Pediram para ficar ligando para ver se estava disponível, mas até agora nada e não tem previsão. Liguei em outros postos e não tem disponível nem data de chegada”, explicou.

Com a procura em vão, ela diz que se não encontrar a vacina vai ter que recorrer a outros meios.

“É complicado, a gente tenta seguir o calendário certinho, prevenir, mas quando vai não tem disponível. Vou continuar ligando, porque ela precisa tomar, e se não tiver vou ter que procurar outros meios, ter que pagar”, indicou.

A IMPORTÂNCIA

O médico pediatra Tadeu Fernando Fernandes explica a gravidade da doença e a importância de imunização.

“O rotavírus tem um período de incubação que culmina com uma diarreia abundante acompanhada de vômitos que levam a desidratação. O motivo da internação e da mortalidade é pela desidratação grave”, explicou.

O pediatra reafirma a necessidade da vacinação no período do calendário, e pontua que a falta de doses pode fazer aumentar os casos da doença.

“É uma vacina que não dá pra falar: ‘depois a gente faz, depois coloca o calendário em dia’. Porque ela tem uma data limite para primeira e segunda dose. Então, com certeza, os casos de rotavírus que tinham caído voltarão a aumentar”, pontuou.

RECEBIMENTO INFERIOR

Ontem, a Prefeitura de Campinas tinha alegado que os imunizantes são de responsabilidade do Ministério da Saúde e do Governo Estadual e a cidade tem recebido um número inferior de doses do que a demanda.

Ainda de acordo com a secretaria de Saúde da cidade, as vacinas para a campanha de multivacinação devem ser entregues pelo estado nesta semana, mas ainda não era possível saber quantas doses serão enviadas à Campinas.

O QUE DIZ O ESTADO?

Procurada pela reportagem, a secretaria Estadual de Saúde afirmou que o Ministério da Saúde é o responsável pela aquisição e distribuição dos imunizantes e que a pasta reparte o que recebe para as cidades conforme os lotes chegam ao estado.

Segundo a secretaria, o Governo Federal tem repassado as vacinas de forma irregular com quantitativos parciais e é preciso remanejar os lotes para que não falte o imunizante nos municípios. A pasta afirma que segue cobrando o Ministério para que as entregas sejam regularizadas.

O QUE DIZ O GOVERNO FEDERAL?

Em nota, o Ministério da Saúde informou que é responsável pela distribuição de doses de vacinas para os estados, que assumem a responsabilidade de redistribuir os imunizantes às cidades.

Sobre os possíveis repasses irregulares, apontados pela secretaria Estadual de Saúde, o Ministério não se posicionou até a publicação desta matéria. 

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