Dois suspeitos pelo assassinato do suboficial da Aeronáutica, Ricardo Mendes de Sena, foram presos em Campinas na manhã desta sexta-feira (25). A prisão foi realizada pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e teve o apoio do GOE (Grupo de Operações Especiais). O crime aconteceu em 7 de novembro, quando a vítima seguia para o Aeroporto Internacional de Viracopos (relembre abaixo).
Os dois homens, de 19 e 21 anos, estavam nas próprias casas, nos bairros Jardim Campo Belo II e Jardim Marisa, quando foram presos. De acordo com a Polícia Civil, eles foram identificados e reconhecidos pelo motorista do veículo onde estava a vítima e fazem parte também de um grupo criminoso que atua em sequestros-relâmpago na região. Os dois tiveram a prisão temporária decretada.
O celular e uma maleta da vítima foram levados no crime, que é tratado pelos investigadores até o momento como latrocínio. Além disso, a polícia não fala em premeditação e considera que a escolha do carro para o assalto tenha ocorrido de forma aleatória, já que o veículo pode ter chamado a atenção dos bandidos. O condutor do automóvel foi baleado de raspão, mas recebeu alta pouco depois.
MAIS SOBRE A INVESTIGAÇÃO
Segundo o apurado pela DIG, o militar estava na região participando de um curso de coaching e se deslocava para Viracopos para voltar a Brasília, local onde estava trabalhando. Ele estava de folga e realizava a quarta formação deste tipo em Louveira e não estava a serviço da Aeronáutica.
“Sempre que esteve na região, ao final do curso, contratava táxi executivo que o levava ao aeroporto, passando pela Rodovia Miguel Melhado. Porém, neste último trajeto, um veículo Gol tentou abordar para assaltá-los e, não parando, os autores atiraram contra o carro”, detalhou a nota da delegacia.
LEIA TAMBÉM
GM detém 4 após transmissão de jogos no telão da Copa em Campinas
Manifestantes bolsonaristas bloqueiam acesso ao Aeroporto de Viracopos
RELEMBRE O CASO
Ricardo Mendes de Sena, de 48 anos, estava a caminho do Aeroporto Internacional de Viracopos em um táxi executivo quando o carro foi obrigado a reduzir a velocidade e foi atingido por ao menos seis disparos. Ainda de acordo com a polícia, os atiradores estavam em outro veículo e levaram um celular e uma maleta da vítima. O suboficial da Aeronáutica não estava armado.
O carro passava pela Rodovia Miguel Melhado Campos (SP-324), mais conhecida como Vinhedo-Viracopos, por volta de 4h30, quando foi alvejado. Sena foi atingido na nuca e morreu no local. O motorista do táxi executivo foi atingido de raspão no rosto e conseguiu dirigir até a base da PM que fica na área do aeroporto. Ele recebeu atendimento e ajudou a detalhar o crime.
Segundo o delegado José Glauco Ferreira, da DIG Delegacia de Investigações Gerais de Campinas, além do carro de onde surgiram os disparos, uma van estaria envolvida na ação e o conteúdo da maleta seria apurado pelos policiais. A DIG, porém, ainda não divulgou à imprensa o que estaria dentro do utensílio.
“Essa van surgiu na frente, diminuiu a velocidade, fazendo com que o motorista, para não colidir, freou o carro. A gente não consegue entender ainda essa violência gratuita… não houve nenhuma reação, não havia ali arma, nem o seu próprio instrumento (musical). Me parece que são documentos (na maleta) que vamos ainda confirmar, averiguar com melhor cautela”, explicou o delegado.
A VÍTIMA
Nas redes sociais, Ricardo Sena tinha um canal onde publicava os trabalhos artísticos. Tubista formado pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), chegou a tocar instrumentos de sopro aos 13 anos. Participou de diversos grupos musicais, além de bandas. A Escola de Música da UFBA emitiu nota de pesar.
Depois de ser velado no dia 9, o corpo do suboficial da Aeronáutica foi sepultado com homenagens no dia 10, em Salvador, na Bahia. De acordo com as informações da TV Bahia, um avião da força aérea de Pirassununga, na região central do estado de São Paulo, fez o transporte do corpo para o estado.
Ele foi velado no Clube União do Cia, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador. O enterro ocorreu no Bosque da Paz, em Salvador, e foi acompanhado por familiares e amigos, que prestaram as últimas homenagens nos locais.
O QUE DISSE A FAB
A FAB (Força Aérea Brasileira) lamentou na ocasião a morte do suboficial. Em nota oficial, disse que o militar era do efetivo da Base Aérea de Brasília. “A Instituição expressa suas condolências e presta todo o apoio à família do militar nesse momento de pesar. A FAB acompanha a elucidação dos fatos e colabora com as investigações do ocorrido”, alegou o comunicado emitido oficialmente.
LEIA MAIS
Irã vence Gales com gols nos acréscimos, confira os jogos desta sexta