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CotidianoAumento no tempo de espera de teste PCR em cidades da RMC preocupa especialista

Aumento no tempo de espera de teste PCR em cidades da RMC preocupa especialista

Em Campinas aumento foi de 63% e resultado que saía em dois dias agora pode levar até três; para infectologista, pacientes podem estar transmitindo vírus sem saber por conta de demora

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Resultado do teste PCR pode demorar até três dias em Campinas (Foto: Luciano Claudino/Código 19)

O tempo de espera do resultado do exame PCR aumentou nas maiores cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) em janeiro deste ano, se comparado a dezembro de 2021. A situação preocupa especialistas, já que muitos pacientes podem estar transmitindo o vírus sem saber. A procura pelos testes de covid-19 também cresceu.

O cenário é reflexo do aumento na demanda de pacientes com suspeita de covid-19 e gripe nos municípios da região. Aliado a isso, a onda de contágio da variante ômicron, mais transmissível, ganha força em todo país desde o início do ano.

De acordo com levantamento da EPTV, só em Campinas foram realizados 10.681 testes PCR em dezembro do ano passado. Até agora, em janeiro, já foram feitos 17.405 testes, um aumento de 63%. Já o resultado que saía em dois dias, agora pode levar até três dias. 

NO CENTRO DE SAÚDE 

No Centro de Saúde do Jardim Esmeraldina, pacientes reclamaram da demora para sair o resultado do teste PCR. A assistente social Larissa de Godoi de Jesus pagou um teste particular com receio de contaminar outras pessoas devido ao atraso na divulgação do resultado. 

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“Eu procurei o serviço público como me orientaram. Eu vim, coletei e disseram que ia ficar pronto na semana seguinte. Eu vim na quarta-feira passada e não estava pronto e eu tive que pagar um teste particular”, disse ela. 

E ainda complementou: “Se eu não tivesse pago particular, só hoje eu ia saber que positivei para covid. É um descaso, né. A gente se sente desrespeitado. A gente precisa saber no momento em que a gente precisa cumprir o isolamento. O que adianta saber depois, com risco de contaminar outras pessoas”. 

OUTRAS CIDADES DA REGIÃO 

A situação é parecida em outras cidades da Região Metropolitana de Campinas.

Em Sumaré, o tempo de espera do resultado do exame subiu de 5 dias para até 15 dias. Segundo a vigilância epidemiológica do município, a demanda cresceu 223%. 

Em Indaiatuba, o aumento foi de 1.294%. A secretaria de Saúde informou que no momento a prioridade são os testes rápidos, por isso, o prazo para sair o resultado é de dois dias, sem alterações. O PCR só é feito em casos urgentes. 

A secretaria de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste disse que a procura pelos testes cresceu 600%, assim como o prazo para entrega do resultado do teste PCR, que agora é mais de três dias. 

As Prefeituras de Americana, Valinhos e Hortolândia, que estão entre as maiores cidades da região, não responderam ao levantamento da EPTV até o fechamento desta matéria. 

O QUE DIZ O MÉDICO SANITARISTA 

De acordo com o médico sanitarista André Ribas Freitas, a pessoa que estiver com um quadro gipal deve se isolar mesmo antes do resultado do exame, já que a variante ômicron é mais transmissível. 

Ele disse ainda que se alguém do núcleo familiar testar positivo, as outras pessoas, mesmo que sem sintomas, também podem ser consideradas positivas e devem ficar isoladas. 

“A pessoa tem que cumprir isolamento a partir da suspeita. A gente está em uma situação com uma transmissão altíssima. Então, é muito mais provável uma pessoa hoje com sintoma ter o covid, do que ter outro vírus respiratório”, disse o médico. 

“Do ponto de vista prático, uma pessoa que é contato domiciliar de um caso positivo, ela deve ser considerada positiva, independentemente dos sintomas (…) Em situações em que o médico avaliar que aquele paciente não vai se beneficiar com o exame, a gente pode considerar que o exame não é uma necessidade imediata”, complementou. 

O médico afirmou ainda que se o Brasil seguir os padrões que foram registrados em outros países, só a partir de fevereiro os casos de covid-19 devem diminuir. 

O QUE DIZ O INSTITUTO ADOLFO LUTZ 

Procurado, o Instituto Adolf Lutz, que faz os testes PCR para o SUS, informou que na unidade de Campinas mais de 238 mil exames foram realizados desde o início da pandemia, com uma média diária de 4 mil procedimentos. No início de dezembro, eram cerca de 2 mil. 

A entidade também afirma que a demanda varia de acordo com a procura dos pacientes pelo serviço público de saúde. A partir do momento em que a amostra dá entrada no laboratório do Instituto Adolfo Lutz, o prazo de processamento ocorre em média de 72 horas. 

O que demanda mais tempo é a logística do resultado voltar para o município e o paciente ser informado. (Com informações da EPTV Campinas)

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