Que a baixa umidade do ar faz mal para a saúde das pessoas, todo mundo já sabe. As consequências vão desde problemas mais leves, como ressecamento dos olhos, até questões mais sérias, com complicações respiratórias. Mas você sabia que os pets também sofrem com a baixa umidade do ar? Pois é!
De acordo com o médico veterinário Paulo Corte, a baixa umidade do ar pode afetar o sistema respiratório dos animais e também a pele, especialmente daqueles com doenças pré-existentes.
“Cães e gatos podem desenvolver problemas de pele, eles podem ter crises alérgicas e respiratórias, podem ter tosses, espirros, lembrando que eles estão com o focinho mais próximo do chão, que normalmente tem muito pó nessa época seca. Com os gatos, a situação é ainda mais preocupante. O acúmulo de poeira no ambiente pode irritar as vias aéreas, principalmente desses animais que são mais delicados”,
explicou.
Como minimizar os impactos da baixa umidade do ar?
Para minimizar os impactos do tempo seco, o veterinário destaca a importância de manter o ambiente o mais limpo possível, a fim de reduzir a poeira, e garantir a hidratação dos pets, incentivando o consumo de água.
“É fundamental observar se o animal está bebendo água, principalmente os gatos. Uma boa dica é usar fontes para estimular a ingestão de água dos felinos. Também é recomendado inserir alimentos úmidos na dieta dos pets, usar umidificadores no ambiente e espalhar recipientes com água pela casa”,
aconselhou.
Além disso, ele recomenda evitar passeios em horários muito quentes.
“Isso vale para o ano todo, não só para o período seco. Além do sol intenso, as calçadas ficam muito quentes e podem queimar as patas dos animais”,
ressaltou Paulo Corte.
Quais são os sinais de alerta?
Os tutores devem estar atentos aos sinais de alerta de problemas de saúde causados pelo tempo seco. Entre eles, estão tosse, espirros, dificuldade para respirar, coceira excessiva, ressecamento do nariz e da pele.
Paulo destaca que os cães braquicefálicos, como Pugs, Bulldogs franceses e Shih Tzus, sofrem ainda mais com o clima seco. “Esses cães já têm uma alteração anatômica no focinho e dificuldade respiratória genética. No calor, essa condição pode se agravar, tornando a respiração crítica.”
Altas temperaturas também podem causar problemas graves
O veterinário também chama a atenção para o perigo das altas temperaturas, que podem causar hipertermia, uma condição grave que pode levar o animal à morte.
“A hipertermia é uma emergência veterinária e já vimos casos muito graves por conta de animais que ficaram expostos ao sol por muito tempo. Para evitar isso, as orientações são simples: oferecer água fresca, manter o animal hidratado, evitar passeios sob o sol forte e garantir sombra e ventilação adequadas”,
explicou o médico veterinário.
Por fim, Paulo faz um alerta que tosar animais de pelo longo não é uma boa opção para lidar com o tempo quente.
alertou o veterinário
“Muitas pessoas acham que tosar o pelo vai ajudar, mas o pelo funciona como uma barreira protetora contra o calor. Ao removê-lo, a pele fica mais exposta e o animal pode sofrer ainda mais com as altas temperaturas. O ideal é manter a pelagem bem cuidada, escová-la regularmente e, no máximo, fazer um acerto nas pontas, mas sem passar a máquina rente à pele”,
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