O caso do idoso levado morto em uma cadeira de rodas até uma agência bancária em Bangu, no Rio de Janeiro, viralizou em todo o país e ganhou até os noticiários internacionais nesta semana. Um vídeo mostra a mulher que diz ser sobrinha e cuidadora de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, dentro da agência. Ela chega a simular diálogos com o idoso, que, segundo o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), estava morto há horas. Inclusive ela pede para o homem que assine um documento com o objetivo de fazer um empréstimo de R$ 17 mil, em nome do idoso morto.
Funcionários da agência, desconfiados com a situação, acionaram o Samu e a Polícia Militar. A mulher foi identificada como Érika de Souza Vieira Nunes. Ela foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver (saiba mais abaixo).
Caso de idoso morto em banco de Campinas
Em Campinas, um caso parecido aconteceu em 2020. Uma mulher de 58 anos levou seu suposto companheiro, de 92, para realizar a prova de vida para o recebimento da aposentadoria em uma agência do Banco do Brasil, na região central de Campinas. O idoso estava morto há pelo menos 12 horas.
No dia da prova de vida, a mulher chegou ao local com o corpo do companheiro em uma cadeira de rodas. Ela afirmou que foi ao banco porque precisava fazer uma movimentação bancária na conta do suposto marido, porém havia esquecido a senha de letras. Ela seria a responsável pela movimentação da conta bancária do homem, mas não tinha nenhuma procuração para isso. O homem era um escrivão aposentado e viúvo. Por isso, o banco informou ser necessário ir até a agência para fazer a prova de vida como medida de segurança.
Ao chegar na agência, na tentativa de apressar o atendimento, a mulher disse que o homem estava passando mal, e os bombeiros foram acionados para ajudá-lo. Foi quando eles constataram que o idoso não só estava morto, como o óbito teria ocorrido havia há 12 horas.
Segundo o boletim de ocorrência, o Corpo de Bombeiros e o médico do Samu notaram que ele estava em estado cadavérico e com inchaço nos pés. Com isso, a Guarda Municipal foi chamada e a mulher encaminhada à delegacia.
Para a polícia, a mulher afirmou que havia conversado com o suposto marido pela manhã e tinham falado de seguirem até o banco para fazer a prova de vida. Ela ainda disse que o aposentado estava bem de saúde, mas começou a ficar debilitado há um mês. O corpo do idoso foi enterrado no dia seguinte.
Caso do Rio
No Rio de Janeiro o caso aconteceu na agência do Banco Itaú que fica na Avenida Cônego de Vasconcelos 64, em Bangu, por volta das 14h desta terça-feira (16).
A mulher e o idoso chegaram ao local com um carro de aplicativo no estacionamento de um shopping. Uma câmera mostra Paulo já na cadeira de rodas e com a cabeça tombada saindo do elevador do Real Shopping às 13h02, empurrado por Erika.
Segundo a polícia, Paulo seria cliente da agência e havia um empréstimo pré-aprovado em seu nome. Os vigilantes permitiram a entrada dele na cadeira de rodas.
A mulher então levou o homem até uma funcionária e explicou que havia um empréstimo pré-aprovado no valor de R$ 17 mil em nome do homem – suposto tio dela.
Segurando a cabeça do homem para que não caísse, a mulher falou com o cadáver pedindo que assinasse: “Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer eu faço”, afirma a mulher, que emenda perguntando para a funcionária: “Ele não segurou a porta ali agora?” A funcionária diz não ter visto.
Uma funcionária comenta sobre a palidez do homem: “Ele não está bem, não. A corzinha não tá ficando…” E a suposta sobrinha interrompe: “Mas ele é assim mesmo.”
Os funcionários chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou que o homem estava morto havia pelo menos algumas horas, e a Polícia Civil, que levou a mulher para prestar depoimento na 34ª DP (Bangu).
Até a noite da terça-feira ela continuava na delegacia, e seu indiciamento dependia de esclarecimentos.
A polícia também quer saber se outras pessoas estavam envolvidas na conduta da mulher e se o empréstimo foi contraído por ele ou depois de sua morte.
A reportagem não conseguiu contatar representantes de Érika para que se manifestassem sobre o caso.
Com informações da Agência Estado
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