A Prefeitura de Campinas vai fazer um mutirão contra a dengue nesta quarta-feira (22) no bairro Campina Grande, no distrito do Campo Grande. Segundo a Saúde, o bairro foi escolhido por apresentar o que os técnicos chamam de “alta densidade larvária”, ou seja: muitos criadouros com larvas.
De acordo com o Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses, em cada 100 imóveis pesquisados no bairro, 19 continham pelo menos um criadouro com larva do mosquito Aedes Aegypti.
“Trata-se da maior infestação na cidade. O satisfatório, pelo Ministério da Saúde, é de menos que 1 imóvel com a cada 100 e, acima de 3,9 imóveis para cada 100 pesquisados, já é considerado como área de risco. No bairro, há 26 casos suspeitos de dengue em investigação, sem óbitos”, informou a Saúde.
De acordo com o balanço, os principais criadouros encontrados no local são: prato de vaso de planta; lata/frasco água; reservatório de água sem tampa; peças/sucatas; entulho e material de construção; balde/regador; pneus; lona/encerado plástico.
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MUTIRÃO
Segundo a Prefeitura, mais de 40 profissionais participarão do mutirão, que começa às 9h, com uma caminhada pelas ruas do bairro para chamar a atenção para a importância do envolvimento de toda comunidade no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e zika.
A ação inclui visitas casa a casa, com remoção de pequenos criadouros; orientação sobre sinais e sintomas das doenças e formas de prevenção. Além disso, um caminhão cata-treco vai recolher das calçadas fogões velhos, sofás e outros tipos de materiais de grande volume.
Um carro de som vai passar antes pelas ruas para avisar a população sobre a importância das medidas de prevenção.
INTENSIFICAÇÃO
Até sábado, a Prefeitura também vai intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti em todas as regiões da cidade para marcar a Semana de Mobilização Social para Ações de Controle das Arboviroses no Estado de São Paulo.
Desde janeiro, até 15 de março, Campinas registrou 453 casos de dengue. Foram confirmados cinco casos de chikungunya, sendo um autóctone. Não houve notificação de casos de Zika. Nenhuma morte foi registrada.
A Prefeitura mantém ações de organização e limpeza da cidade com foco no combate ao mosquito Aedes aegypti, mas pede que a população faça sua parte e cuide dos seus quintais, das ruas, dos seus bairros e elimine criadouros todos os dias.
“O combate às arboviroses exige o envolvimento de toda sociedade”, disse Priscilla Pegoraro, da Comissão Executiva do Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses.
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