O volume anual de chuva registrado em 2021 em Campinas foi o terceiro menor dos últimos 32 anos. O resultado só fica atrás dos dados de 2014, no auge da crise hídrica, e também de 2020.
Nos últimos 12 meses, o município teve 1002,5 milímetros de chuva, enquanto 2014 teve 902,7 mm e 2020 teve 999,2 mm. Já a média no período de 1991 a 2020 foi de 1.433,4, 430,9 mm acima de 2021.
Os índices são do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp, e consideram os números coletados desde 1989, quando foram iniciadas as observações.
“Fica evidente que as chuvas em 2021 estão cerca de 400 mm abaixo da média, antecedidas de uma sequência de anos com
déficit de precipitação que inicia em 2018″, diz o texto do centro.
DEZEMBRO
Em dezembro do ano passado, apesar das fortes chuvas no período de festas e dos registros de uma morte e de diversas ocorrências, como quedas de árvores e enchentes, o resultado também foi baixo.
De acordo com o balanço do Cepagri, choveu 168,1 milímetros ao longo dos 31 dias na cidade, enquanto a média de chuva acumulada para o mesmo mês de 1991 a 2020 é de 209,1 mm.
Apesar da baixa na comparação com a média, o último mês do ano teve três ocorrências de chuva com mais de 20 mm. Entre eles, o dia 31, que concentrou chuvas fortes em vários pontos e bairros.
MAIORES VOLUMES
Além de dezembro, o ano passado teve chuvas acumuladas abaixo da média histórica em outros nove meses. Somente fevereiro e outubro superaram os registros do Cepagri entre 1991 e 2020.
O destaque foi fevereiro, com 258,8 milímetros, ficando 60,5 mm acima dos 198,3 mm da média. Foi no mês, aliás, o recorde de chuva em um único dia em Campinas: 94 mm no dia 2.
Já em outubro do ano passado, choveu 121, 4 milímetros, contra 117,1 na média histórica. A diferença, de acordo com os dados coletados e compilados pelo Cepagri, é de somente 4,3 milímetros.
