O prefeito de Campinas, Dário Saadi, assinou nesta quinta-feira (21) um acordo de cooperação técnica com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). A parceria vai permitir pesquisas conjuntas entre a Defesa Civil municipal e a empresa para mapear, analisar e acompanhar áreas de risco na cidade.
Serão utilizadas ferramentas de sensoriamento remoto e geoprocessamento. Um dos principais objetivos é a capacitação de servidores da Defesa Civil para operarem o sistema e interpretarem as imagens de satélite.
De acordo com a Prefeitura de Campinas, o acordo vai permitir a análise das mudanças das áreas de risco ao longo do tempo, como acompanhar se surgem novas ocupações, por exemplo.
Segundo o diretor da Defesa Civil, Sidnei Furtado, é uma das principais atividades do órgão mapear e monitorar a evolução de áreas que estão sujeitas a situações de risco como inundações e deslizamentos e, com a parceria, será possível analisar a mudança dessas áreas.
“Eu entendo que esse convênio é um avanço enorme para a cidade e para a região de Campinas. Era algo que não tínhamos no sentido de elaboração de planejamento. Hoje o município tem 18 setores de risco que são monitorados. Já chegamos a ter 93. Poucas cidades no Brasil conseguem baixar números de áreas de risco, como ocorreu em Campinas. Há 20 anos estamos sem mortes nesses locais. E a nossa ideia é que essa parceira possa qualificar cada vez mais nossas atividades”, afirmou.
A Defesa Civil deve investir cerca de R$ 20 mil em um computador mais moderno e de alta capacidade de processamento para auxiliar na execução da parceria.
Embrapa Territorial
A Embrapa Territorial trabalha com a sustentabilidade da agropecuária, mas também atende demandas da sociedade civil organizada, pelas três esferas de governo – federal, estadual e municipal.
Segundo o Chefe Geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, o foco do trabalho da empresa, sediada em Campinas, é atuar na área de geotecnologias e na ciência de dados, transformando números em informações. “Nós recebemos um imenso volume de dados, que são gerados por todos os atores da sociedade e transformamos em uma informação correta e precisa, no momento certo, para que resolva um problema. Assim, devolvemos para a sociedade um pouco das nossas expertizes que são focadas no agro, mas que também tem aplicação para as cidades”, detalhou.
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