A secretaria municipal de Saúde confirmou na tarde desta quinta-feira (12) a primeira morte por dengue em Campinas neste ano. A vítima tinha 78 anos, morava na região leste e faleceu em um hospital privado no dia 7 de abril.
O primeiro registro fatal da doença no ano acontece em meio a uma explosão de confirmações de novas contaminações em pouco mais de um mês: de 534 até 4 de abril para 4.125 até o último dia 11, o equivalente e 672,4% de aumento.
A pasta também detalhou os dados de outras doenças. “No mesmo período foram confirmados oito casos de chikungunya (seis importados e dois autóctones). Até o momento não houve registro de casos de zika”, informou por nota.
NAS REGIÕES
O crescimento dos casos também foi percebido nas regiões da cidade. Antes com 92 diagnósticos de dengue até abril, a região Sul confirmou agora 1.028 casos. O avanço foi de 1.017,3%, o que colocou a região como a líder em infecções.
Antes com 162 casos, a região Norte tem agora 995, 514% de aumento. Depois, aparecem a Noroeste, que saiu de 47 para 779, 1.557%, e a Sudoeste, de 91 para 709, 679%. A Leste, que tinha 142, foi para 614, 332,3% de crescimento.
Os locais com maior incidência da doença são os de abrangência dos CSs (centros de saúde):
– Satélite Íris 1
– San Martin
– Vila Padre Anchieta
– Jardim Rosália
– São Vicente
– Jardim Conceição
– Vila 31 de Março
– Santos Dumont
“Fazemos ações especialmente nestes lugares. O trabalho foi intenso, mas a reposição de criadouros é grande e isso dificulta a interrupção da transmissão”, detalha a coordenadora do Programa de Arboviroses, Heloísa Malavasi.
CUIDADOS
Medida de conhecimento de todos para acabar com a proliferação do mosquito aedes aegypti, evitar acúmulo de água em latas, pneus e outros objetos é o cuidado mais eficaz e importante para prevenir os casos da doença.
“Os vasos de plantas devem ter a água trocada a cada dois dias. É importante, também, vedar a caixa dágua. Os vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados”, detalha a secretaria de Saúde no comunicado.
SINTOMAS
Os sintomas da dengue são febre alta, dores nas articulações, nos músculos, atrás dos olhos, dor de cabeça, náuseas, perda de apetite e manchas avermelhadas. Em meio à pandemia, um médico deve ser procurado.
“Muitas vezes esses sinais se confundem com outras doenças, inclusive a covid-19. Por isso é importante procurar um serviço para o diagnóstico”, diz a diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), Andrea von Zuben.