A secretaria Municipal de Saúde de Campinas confirmou na tarde desta quarta-feira (21) a segunda morte por dengue do ano. A vítima é uma mulher de 67 anos, que morreu em 15 de junho em um hospital público da cidade. Ela era moradora da área de abrangência do Centro de Saúde Vista Alegre, região Sudoeste de Campinas.
O primeiro óbito causado pela doença aconteceu em março. A vítima era um homem, de 86 anos, que morava na área de abrangência do Centro de Saúde Taquaral, na região leste da cidade.
“Como em todas as situações de casos confirmados da doença, as medidas preconizadas foram desencadeadas na região do Vista Alegre. Foram realizados controle de criadouros, busca ativa de pessoas com sintomas e nebulização”, informou a Prefeitura.
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Entre o início deste ano e 21 de junho foram confirmados 8.982 casos de dengue. Em 12 de abril, a Saúde divulgou que a cidade está em epidemia da doença (leia mais aqui).
SAZONALIDADE
De acordo com o articulador do Núcleo de Arboviroses, Zoonoses e Determinantes Ambientais do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), Fausto de Almeida Marinho Neto, a sazonalidade da dengue é definida e os meses de maior incidência de casos são março, abril e maio.
“Isso acontece devido às altas temperaturas e chuvas frequentes, que influenciam diretamente no ciclo do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Com a chegada das frentes frias e diminuição das temperaturas, no período de inverno, ocorre a diminuição progressiva dos casos de dengue em razão da menor atividade do mosquito e, consequentemente, menor transmissão dessa arbovirose”, explicou.
O especialista reforça que, apesar de ser esperada grande queda no número de casos de dengue nos próximos meses, os cuidados com o controle de criadouros não podem parar.
“Apenas 10 minutinhos por semana ajudam na prevenção e controle da dengue. Basta checar os ambientes onde possa ter acúmulo de água parada”, finaliza.
SINTOMAS
As pessoas que apresentarem febre associada a dores de cabeça e/ou no corpo e/ou atrás dos olhos, além de manchas vermelhas, vômitos ou dor abdominal, devem procurar o serviço de saúde para avaliação e seguir as recomendações médicas porque pode ser dengue.
VISTORIAS
Um levantamento do Devisa aponta que 80% dos criadouros estão dentro das casas. Com isso, a luta contra as arboviroses exige uma contrapartida de toda a sociedade. “A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas cada cidadão precisa fazer a sua parte, destinando corretamente os resíduos e evitando criadouros”, informa a Administração.
Em 2023 foram visitados 435.120 imóveis para orientação e retirada de criadouros. Outros 67.299 foram nebulizados.
CUIDADOS
As pessoas precisam eliminar criadouros e tudo o que possa acumular águam, fazendo a destinação correta ao lixo. A melhor forma de combate a dengue é não deixar o mosquito se proliferar. Entre as medidas para evitar a reprodução do inseto, estão:
- evitar acúmulo de água, latas, pneus e outros objetos
- vasos de plantas devem ter a água trocada a cada dois dias.
- vedar a caixa d’água.
- vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados
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