A secretaria de Saúde de Campinas confirmou nesta quinta-feira (26) o segundo caso de febre maculosa registrado na cidade em 2024. De acordo com a Pasta, o novo registro é de um homem de 51 anos, morador do Jardim Eulina, local onde também foi infectado. O início dos sintomas foi em 10 de junho, mas evoluiu para cura.
O primeiro caso e morte por febre maculosa do ano ocorreu em maio. A vítima era um homem, de 24 anos, que frequentou a lagoa do Parque Botânico Amador Aguiar, no Swiss Park.
Em 2023, foram contabilizados 20 casos, 17 com transmissão no município, e sete óbitos.
Época acende alerta para a doença
De acordo com a Prefeitura, os cuidados para prevenção à febre maculosa em Campinas precisam ser reforçados pelo menos até novembro. Isso porque o período desde maio é marcado por dias seguidos de baixa umidade relativa do ar, condição climática em que há maior predomínio das fases jovens do carrapato-estrela no ambiente, conhecidas como “micuim” (larvas) e “vermelhinho” (ninfas), o que aumenta o risco de transmissão e ocorrência da doença.
A febre maculosa é uma doença grave, com alta letalidade, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. A infecção se dá pela picada do carrapato-estrela infectado com esta bactéria.
Na fase jovem, ele pode parasitar qualquer animal, inclusive o ser humano, que frequenta áreas com vegetação, especialmente onde há cavalos, capivaras e outros animais silvestres.
Quais são os sintomas da febre maculosa?
Os sintomas iniciais da doença são febre, dor de cabeça e dor no corpo, com piora progressiva, e surgem de dois a 14 dias após a picada do carrapato infectado. A Saúde destaca que eles podem ser confundidos com outras doenças, como dengue, leptospirose, gripe e covid-19.
A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado logo nos primeiros dias de sintomas para evitar agravamento e possível óbito. É importante evitar contato direto com vegetação, principalmente perto de rios, córregos e lagoas, utilizar roupas e calçados que cubram o corpo e ficar atento para retirar rapidamente eventuais carrapatos aderidos à roupa e ao corpo.
Caso a pessoa apresente febre entre dois e 14 dias após frequentar áreas verdes, a pessoa deve procurar imediatamente um serviço de saúde e informar que esteve em local onde o carrapato-estrela pode estar presente. Com isso, a Saúde ressalta a importância de não banalizar sintomas, uma vez que o tratamento oportuno é imprescindível para salvar vidas.
Dez dicas para evitar a doença
Quem visita, trabalha ou mora em área de risco para febre maculosa – próximo a matas, rios e parques com áreas verdes – pode seguir as seguintes medidas de prevenção:
- O carrapato-estrela é encontrado naturalmente em gramados e matas, em especial nas áreas próximas a rios, lagos e lagoas. Se estiver contaminado, pode transmitir a bactéria que causa a febre maculosa;
- Evite caminhar, sentar e deitar na grama e nos locais com acúmulo de folhas secas caídas. Os carrapatos se concentram em áreas de sombra;
- Evite se aproximar de rios, lagos, lagoas e dos animais presentes no local;
- Faça piquenique, comemoração, ensaio fotográfico e atividade física nas áreas pavimentadas;
- Use roupas claras, observe o corpo e as roupas. Se algum carrapato chegar até você será mais fácil enxergar;
- Use repelente com eficiência comprovada contra carrapatos. Passe na pele exposta, sapato e roupa;
- Encontrou um carrapato aderido na pele? Retire com cuidado, sem esmagar, de preferência usando uma pinça e lave o local com água e sabão;
- Em casa, tome banho quente e use bucha vegetal fazendo movimento circular. Se tiver algum carrapato na pele, a bucha ajuda a retirar;
- Ao visitar áreas verdes e parques da nossa cidade, respeite as orientações das placas de informação;
- O carrapato de cachorro não é da mesma espécie do carrapato-estrela. Porém, se o seu pet frequenta área de risco, ele pode ser infestado pelo carrapato-estrela e levá-lo para casa.
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