Campinas é a segunda maior cidade de São Paulo em número de startups, com 144 empresas na região metropolitana. O dado, o mais recente, é de empresas abertas até junho de 2020.
No ranking de estados com mais startups no Brasil, São Paulo lidera, com 4.027 empresas. Em seguida vem Minas Gerais, com 1.240, Rio Grande do Sul, com 976, e Rio de Janeiro, com 880.
Campinas é uma das 15 cidades que mais geram empresas deste tipo na região Sudeste, com uma concentração de startups em fase de validação (29,7%) e tração (24,3%).
Na cidade, 18% das startups atuam na área de agronegócio, 15% em finanças, 11% em educação, outros 11% em e-commerce e também 11% em desenvolvimento de softwares. Saúde e bem-estar vêm em seguida, com 9% das empresas emergentes regionais.
O especialista em tecnologia, Fábio Ieger, indica o perfil acadêmico, tecnológico e de inovação para explicar esse resultado.
“O ecossistema de Campinas é todo ele direcionado em volta da Unicamp, instituição voltada à formação de pessoas especializadas em tecnologia”, diz.
Mais da metade das startups do município (54%) tem o modelo de negócio SAAS (software como serviço), 10% marketplace, 10% venda direta e 4% usam clubes de assinatura.
A gerente de marketing do aplicativo “Tô Parado”, que conecta prestadores de serviço a clientes, Flávia Beraldo Kurashima, explica que a ferramenta surgiu de uma necessidade na região.
“Durante a pandemia nós percebemos que muita gente estava parada e precisando de trabalho e que também havia muita gente que precisava de serviços”, explica.
No total, 52% têm o público alvo b2b, ou seja, negócios para negócios, 32% (negócios para negócios e consumidores) e 10% b2c, negócios para o consumidor.
A região de Campinas também abriga muitos empreendedores jovens: 29% dos fundadores têm de 31 a 35 anos, 23% têm de 35 a 40 anos e 21% têm de 41 a 45 anos.