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CotidianoCampinas está sem chuva significativa há 50 dias; veja impactos

Campinas está sem chuva significativa há 50 dias; veja impactos

Umidade baixa do ar é consequência da estiagem, que pode afetar também o abastecimento, a agricultura e a saúde; confira orientações para o tempo seco

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Estiagem causa impactos na região de Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)

Campinas atingiu nesta quarta-feira (20) a marca de 50 dias sem chuvas significativas, sendo aquelas com mais de 10 milímetros de precipitação.

Os impactos da estiagem já podem ser sentidos no abastecimento das cidades, na agricultura e na saúde, através dos baixos índices de umidade do ar.

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Em Vinhedo, a Prefeitura decretou um documento que prevê multa no valor do preço público da ligação de água, hoje equivalente a R$ 578,58, em caso de desperdício de água. Em caso de reincidência, a quantia é dobrada.

Já em Valinhos, o Daev (Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos) reforçou o pedido para o uso racional da água por parte dos moradores. Segundo balanço divulgado na última segunda-feira (18), os mananciais operavam com 81% do volume útil, o que equivale a 20 dias de abastecimento na cidade. 
 
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ESTIAGEM ESPERADA

A falta de chuvas já era esperada para este período do ano, já que o Inverno costuma ser mais seco do que as demais estações do ano.

Entretanto, àqueles que estão esperançosos pela chegada das chuvas, a espera será mais longa do que esperado. Segundo a meteorologista Ana Ávila, do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp, as chuvas não devem chegar até os próximos dez dias.
 
“O que os modelos estão indicando é que não há expectativa de chuvas. Pode até ocorrer até algum ponto ou outro com chuvas, mas, mesmo assim, não há expectativas de que mude esta situação de secura nos próximos dez dias”, afirma a meteorologista.
 
Além disso, estamos em um ano em que o fenômeno La Niña acontece. Neste período, há probabilidade de maiores períodos de estiagem, segundo explica Ana Ávila.

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INVERNO QUENTE

A mesma temperatura pode ser sentida de maneiras diferentes no Verão e no Inverno. Enquanto na primeira, quando os termômetros costumam registrar diariamente 30ºC, a sensação de calor é muito intensa, no Inverno, nosso corpo sente menos essa temperatura.

Essa sensação é chamada de “índice de conforto térmico” e é calculada, principalmente pela temperatura e pela umidade relativa do ar.

O Verão é caracterizado pela grande quantidade de nuvens, o que deixa o tempo mais úmido, e dá uma sensação de abafamento. No Inverno, há menos nebulosidade, tornando o tempo mais seco, como explica o meteorologista Bruno Bainy, do Cepagri, da Unicamp:

“No Inverno, como o tempo é mais seco, o suor do corpo evapora mais rápido, o que dá uma sensação de conforto maior. Já no Verão, a umidade relativa do ar é mais elevada, o suor demora mais pra evaporar o que dá aquela impressão de estar em uma sauna, de estar grudento, é porque o corpo enfrenta mais dificuldade para regular a temperatura corporal”, explica Bainy.

Outro fator que influencia nessa impressão diferente sobre a temperatura é a posição do sol e o índice de radiação ultravioleta. No Inverno, o indicativo máximo chega a 4 e, no Verão, chega a 12. Segundo Bainy, a medição das temperaturas é feita nas sombras, o que acaba desconsiderando a incidência do sol, que realmente torna o ambiente mais quente.

DIFERENÇAS ENTRE INVERNO E VERÃO

– Inverno: raios solares chegam com menos força; índice UV (radiação ultravioleta) máximo: 4; menos nuvens e umidade relativa do ar baixa; sensação de calor é menor

– Verão: Raios solares chegam com mais força; índice UV máximo: 12; mais nuvens e umidade relativa do ar maior; sensação de calor é maior 
 
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