A Prefeitura de Campinas deu início ao manejo reprodutivo com a castração de 29 capivaras que habitam a Lagoa do Taquaral. A ação pretende reduzir a transmissão da febre maculosa por meio da redução do nascimento de filhotes.
O manejo começou no dia 26 de setembro, com um dos três grupos que vivem livremente no parque. Na ação foi aplicada a técnica de ceva — uma alimentação controlada em horários e locais específicos. Após a captura dos animais, foram realizadas cirurgias de vasectomia e salpingectomia, seguidas pela recuperação dos indivíduos.
O processo continuará com a soltura dos animais esterilizados e a captura dos animais satélites, que são aqueles que pertencem ao grupo, mas não ficam sempre juntos a ele.
“Vamos continuar fazendo a ceva para que esse grupo volte a se reorganizar e frequente o mesmo espaço, permitindo a captura dos indivíduos satélites e a conclusão das cirurgias”, explicou Rodrigo Pires, assessor do Dpbea (Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal).
Combate à febre maculosa
A Administração informo que o manejo reprodutivo é fundamental para combater a febre maculosa, doença causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida ao ser humano pela picada do carrapato-estrela, que pode ser encontrado em capivaras e outros animais.
O projeto, que foi submetido à análise da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), prevê a esterilização de aproximadamente 200 capivaras em várias áreas, incluindo o Parque Portugal, Lago do Café e o Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim.
Estruturas para as cirurgias das capivaras
As cirurgias são realizadas em um centro de manejo especialmente construído na Lagoa do Taquaral, que conta com dois recintos destinados ao procedimento cirúrgico e recuperação dos animais. Além disso, outros parques receberão centros cirúrgicos móveis para otimizar o manejo e minimizar o estresse dos animais, evitando também a dispersão de carrapatos.
É importante destacar que as capivaras vivem em grupos com uma estrutura social definida. Para evitar brigas e disputas por território, o manejo será feito de um grupo por vez, independentemente do número de indivíduos.
Números da febre maculosa em 2024
Em setembro a secretaria de Saúde confirmou o segundo caso de febre maculosa registrado na cidade neste ano. De acordo com a Pasta, o registro foi referente a um homem de 51 anos, morador do Jardim Eulina, local onde também foi infectado. O início dos sintomas foi em 10 de junho, e evoluiu para cura.
O primeiro caso e morte por febre maculosa do ano ocorreu em maio. A vítima era um homem, de 24 anos, que frequentou a lagoa do Parque Botânico Amador Aguiar, no Swiss Park.
Em 2023, foram contabilizados 20 casos, 17 com transmissão no município, e sete óbitos.
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