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CotidianoCampinas inicia retirada de 32,9 mil livros com símbolos nazistas distribuídos em escolas

Campinas inicia retirada de 32,9 mil livros com símbolos nazistas distribuídos em escolas

Suásticas foram encontradas na capa de material didático sobre o abolicionista Luiz Gama, que foi distribuído para estudantes do ensino fundamental II

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Livro apresenta duas suásticas em azul no lado direito da capa (Foto: Editora Mostarda)
Livro apresenta duas suásticas em azul no lado direito da capa (Foto: Editora Mostarda)

 A secretaria municipal de Educação de Campinas iniciou nesta segunda-feira (28) o recolhimento de 32,9 mil livros que foram distribuídos em escolas municipais e apresentam suástica na capa. O símbolo nazista foi encontrado no material didático sobre o abolicionista Luiz Gama, que foi distribuído para estudantes do ensino fundamental II.

Segundo a Educação, funcionários da editora já começaram a retirar os livros para fazer a substituição dos mais de 30 mil exemplares- número que foi informado pela pasta nesta segunda-feira. No sábado, a Prefeitura já havia comunicado sobre o pedido a substituição dos exemplares, que vão ser trocados sem custo para o município.

ENTENDA O CASO

O material didático sobre o abolicionista Luiz Gama, que integra a coleção Black Power, foi distribuído para estudantes do ensino fundamental II em Campinas. A imagem da capa apresenta duas suásticas em azul no lado direito, em meio ao fundo de figuras ilustrativas.

O caso veio à tona após uma vereadora da cidade repercutir o caso em rede social e protocolar um requerimento pedindo à Prefeitura a substituição. Segundo a parlamentar, professores alertaram sobre o símbolo na obra. Procurada, a editora responsável admitiu que houve erro, se desculpou e confirmou que todas as edições serão trocadas, sem custo para a Prefeitura. 

 

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O QUE DIZ A EDITORA

À reportagem, a Editora Mostarda admitiu o erro pela impressão e alegou que houve um erro no corte da imagem usada e que o problema foi em parte da produção da estampa étnica ao fundo. Segundo a assessoria, a versão em braile não apresentou a suástica. A editora informou ainda que o livro também já foi retirado das vendas.

Além do livro sobre Luiz Gama, a coleção Black Power reúne também biografias de Martin Luther King, Rosa Parks, Nelson Mandela, Barack Obama, Carolina Maria de Jesus, Alice Walker, Angela Davis, Conceição Evaristo, Laudelina, Malcom X, e a de Dandara e Zumbi.

Veja a nota na íntegra:

“A Editora Mostarda, por meio de seu diretor geral, Pedro Mezette, esclarece e se desculpa desde já pelo erro ocorrido com a imagem de fundo na capa do livro Luiz Gama, de autoria do jornalista e escritor Francisco Lima Neto. Houve um problema no recorte da estampa étnica do fundo que é vetorial. Tanto que os exemplares em braille não apresentaram este problema.

Assim que fomos alertados deste erro, retiramos os exemplares da obra do site e interrompemos imediatamente a comercialização deste título até que nova capa seja feita com o reparo necessário excluindo este símbolo. Estamos fazendo isso o mais rápido possível.

Nosso empenho em oferecer uma educação antirracista jamais permitiria uma atitude proposital deste tipo, seria uma contradição dentro da proposta da Editora Mostarda.

A partir desta segunda-feira, 28 de novembro de 2022, a Secretaria de Educação dará início ao processo de recolha dos livros das escolas para imediata substituição de cada exemplar que já tenha sido distribuído. A editora trocará a capa do material e o devolverá à Secretaria sem custo para o município. Todos os leitores que já adquiriram o livro também poderão solicitar a troca gratuita pelo site da editora.”

SOBRE LUIZ GAMA 

Luís Gonzaga Pinto da Gama foi um advogado, abolicionista, orador, jornalista e escritor brasileiro e o Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil, sendo responsável pela libertação de pelo menos 500 escravos. Ele nasceu em 1.830, filho de uma escrava liberta com um descendente de portugueses, e foi vendido como escravo pelo próprio pai quando tinha 10 anos.
Em 2021, ele foi o primeiro brasileiro negro a ser homenageado pela Universidade de São Paulo (USP) com o título Doutor Honoris Causa desde que foi criado.

 

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