A cobertura vacinal das crianças em Campinas registra queda de forma gradual nos últimos anos, de acordo com os dados da secretaria municipal de Saúde.
A pasta e os especialistas fazem o alerta sobre a necessidade da imunização completa e alegam que o período atual do ano eleva os riscos (veja mais abaixo).
Os dados considerados pela cidade são dos últimos três anos e envolvem a BCG, meningocócica C, poliomielite, rotavírus, hepatite e da tríplice viral. Confira:
VACINA BCG
– 2019: 84%
– 2020: 81%
– 2021: 78%
MENINGO C
– 2019: 95%
– 2020: 89%
– 2021: 84%
POLIO
– 2019: 90%
– 2020: 89%
– 2021: 82%
ROTAVÍRUS
– 2019: 89%
– 2020: 87%
– 2021: 81%
HEPATITE
– 2019: 94%
– 2020: 87%
– 2021: 81%
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MUNICÍPIO ALERTA
Ainda de acordo com a Prefeitura, o cenário atual é de baixa taxa cobertura. Segundo a Saúde municipal, o ideal é trabalhar com a cobertura acima dos 90%, ou, dependendo da vacina, ter pelo menos 95% do público total imunizado.
A preocupação, conforme a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Chaúla Vizelli, é com a reintrodução de algumas doenças. É o caso, por exemplo, do sarampo, que estava erradicado e voltou a circular em 2018.
“É muito preocupante, principalmente sobre o sarampo mesmo. Por conta das medidas restritivas e do isolamento social, isso piorou na pandemia, porque a preocupação das pessoas em procurar os serviços de saúde aumentou”, diz.
No caso do sarampo, que tem a vacinação contemplada nas doses da tríplice viral, inclusive, o alcance, que era de 100% em 2016, caiu para 81% em 2021. Além do sarampo, a vacina protege as crianças contra a rubéola e a caxumba.
O QUE DIZ O PEDIATRA
O médico pneumologista pediátrico, Alfonso Duarte Alvarez, explica que a chegada do frio aumenta principalmente as doenças respiratórias, e argumenta que várias delas possuem vacinas disponíveis sem custos na rede pública.
“As pessoas ficam em lugares mais fechados e tendem a ficar mais aglomeradas, evitando ambientes externos. Esse cenário acaba transmitindo mais e deixa a gente preocupado, porque leva a sequelas permanentes e a óbito”, afirma.
CAMPANHA PRORROGADA
Campinas anunciou no dia 3 deste mês a prorrogação da campanha de vacinação contra a gripe e o sarampo (veja quem pode se imunizar abaixo).
A campanha foi prorrogada até 24 de junho. Isso porque a cobertura vacinal para crianças ainda estava abaixo do previsto e a meta é alcançar 90%.
No entanto, segundo os dados divulgados na ocasião, foram aplicadas 22.475 doses nos menores, o que representa apenas 35% do público alvo.
No caso das puérperas, segundo a Saúde, 41% se imunizaram. Já em idosos, a cobertura está em 83% e nos trabalhadores de saúde, a cobertura é de 56%.
QUEM PODE TOMAR A VACINA DA GRIPE?
Estão incluídos na campanha de vacinação:
– pessoas a partir de 60 anos
– crianças entre seis meses e menores de cinco anos
– trabalhadores da saúde
– professores das redes pública e privada
– povos indígenas
– pessoas com deficiência
– gestantes e puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto).
– caminhoneiros
– trabalhadores do transporte coletivo rodoviário
– trabalhadores portuários
– forças de segurança e salvamento
– forças armadas
– funcionários do sistema prisional
– população privada de liberdade
– adolescentes e jovens sob medida socioeducativa
Em Campinas, as doses estão disponíveis em 65 Centros de Saúde do município (apenas os CSs Boa Esperança e Joaquim Egídio não aplicam as vacinas). Consulte na página os endereços das unidades e os horários.
SARAMPO
A vacina contra o sarampo pode ser aplicada ao mesmo tempo que a da gripe, de acordo com a Prefeitura de Campinas.
A campanha de vacinação contra o sarampo é voltada para crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade, e a meta é vacinar 95% delas.
Também estão sendo vacinados os profissionais de saúde que estejam com doses da vacina contra o sarampo atrasadas. Foram aplicadas 1.148 doses.
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