A rede municipal de Saúde de Campinas vem registrando alta nos atendimentos dos casos suspeitos de dengue. Nos laboratórios particulares, o número de exames positivos também aumentou entre janeiro e fevereiro. Um levantamento feito pela produção da EPTV Campinas em laboratórios particulares da cidade aponta que teve alta na taxa de exames positivos para dengue em todos eles.
Em um dos laboratórios pesquisados, a taxa de exames positivos estava em 2,86% em janeiro. Já em fevereiro, 7,25%. Em outro, o índice estava em 6,8% em janeiro. Já no mês seguinte, taxa subiu para 16,6%. Na rede municipal de saúde de campinas, os atendimentos a casos suspeitos vêm aumentando muito.
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O calor intenso e as chuvas das últimas semanas são uma combinação que acabam criando ambientes que favorecem a reprodução do mosquito transmissor da dengue. Por isso, nesse período é preciso redobrar ainda mais os cuidados pra evitar a contaminação. Só em janeiro deste ano já foram confirmados 91 casos de dengue em campinas, um aumento de 65,45% em relação a janeiro do ano passado, que registrou 55 casos confirmados.
O número de pacientes atendidos com suspeita de dengue na rede municipal de saúde vem aumentando nas últimas semanas. Na primeira semana de janeiro, 33 pacientes foram atendidos. Número que quase dobrou na semana seguinte. Depois, 88, 116, 128, 158 e bateu os 265 casos suspeitos na semana anterior ao carnaval, aumento de mais de 700% em sete semanas. Esse aumento gradativo na procura por atendimento preocupa os especialistas.
“A tendência de aumento está muito intensa. Ou seja, a proporção de aumento em relação a semana anterior está muito alta. Então, isso indica que está com uma força de transmissão muito alta, com uma taxa de transmissão muito alta e isso indica que a gente pode ter nas próximas semanas uma deterioração importante na situação epidemiológica. É uma hipótese, mas tem grande probabilidade de acontecer”, comenta o epidemiologista André Ribas.
CUIDADOS
O epidemiologista também orienta a população a seguir alguns cuidados, como o uso de repelente durante exposição a possíveis áreas com mosquitos.
“Se a gente conscientizar a população de que a gente tem um risco de uma piora na situação epidemiológica, a melhor forma da gente comunicar e dizer para as pessoas aumentarem o uso de repelentes em situação de exposição. Particularmente, as pessoas de maior risco são os idosos, as crianças pequenas e as gestantes. A gente sabe que diminuir a exposição ao risco de picadas do mosquito e controlar o vetor são as melhores maneiras de evitar uma situação mais grave da doença”, explica o epidemiologista André Ribas.
SINTOMAS DE ALERTA
A dengue é uma doença grave, e se algum sintoma aparecer, é preciso buscar atendimento médico. Além disso, o epidemiologista elenca alguns sinais de alerta para a doença.
“Paciente que tiver febre, dor no corpo, dor de cabeça, principalmente uma dor que dá atrás dos olhos, que é muito típico da dengue, já deve procurar o serviço de saúde para fazer uma avaliação. O monitoramento dos sinais de agravamento que é muito importante. O paciente que estiver com suspeita de dengue e passar a apresentar dor abdominal, vômitos consecutivos, sensação de tontura, sensação de desmaio ou sangramentos espontâneos podem ser sinais de agravamento e deve ir imediatamente procurar um serviço de saúde”, finaliza.
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