Quatro meses após iniciar a extração de centenas de árvores e confirmar ao acidade on Campinas o plano para um “novo bosque” na Lagoa do Taquaral, Campinas detalhou que vai usar o lucro da venda dos eucaliptos extraídos para custar parte do reflorestamento de três hectares do parque. O plano inclui a área onde uma menina morreu após ser atingida por uma árvore da espécie.
Anunciada pela secretaria de Serviços Públicos em parceria com o IPA (Instituto de Pesquisas Ambientais), a revitalização das clareiras deve começar com estudos para escolher o modelo de plantio e as espécies a serem plantadas. A previsão, segundo o diretor do DTC (Departamento Técnico-Científico) do IPT, Marco Aurélio Nalon, é que o trabalho seja concluído em até três anos.
“Os estudos, o modelo de plantio e espécies a gente acredita que nos primeiros seis meses já estejam modelados. Agora é aguardar o período adequado de plantio. Não é apenas vir e plantar. Se fosse, seria fácil. O que a gente está propondo é uma coisa com um mais cuidado, desde a preparação de quais espécies vamos colocar, como também o principal, que é a população”, diz.
MONITORAMENTO E SEGURANÇA
A estimativa é que 1,5 mil mudas de árvores nativas da região de Campinas sejam plantadas no local onde antes estavam os eucaliptos. Durante o cultivo e o crescimento das espécies, os funcionários da própria Prefeitura serão responsáveis por acompanhar e monitorar a evolução delas. A ideia é verificar, por exemplo, se as árvores se ambientaram ao solo e se continuarão saudáveis.
De acordo com o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), o plano vai permitir que a área seja segura e adequada para a circulação dos frequentadores. “Essa nova proposta que o IPT fará sem dúvida trará as espécies adequadas, com baixo risco de queda de galhos, baixo risco de queda. Vai dar mais segurança às famílias que vão lá naquele local”, argumenta ele.
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AÇÕES E ATIVIDADES
Além do corte e da venda da madeira dos eucaliptos para o custeio do projeto e dos estudos para o plantio da área desmatada, outras ações foram anunciadas pelo IPT e a Prefeitura de Campinas. Entre elas, estão atividades de educação ambiental com a comunidade em geral e escolar do município para permitir o envolvimento do público na recuperação, no manejo e nas pesquisas da área.
Ainda conforme o planejamento, a área será usada como laboratório para pesquisas sobre a incorporação de biomassa e de fixação de carbono. Os dados sobre o espaçamento entre as árvores e as espécies também serão estudados.
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