Uma casa de acumuladores de lixo no Jardim Proença, em Campinas, tem causado incômodo e preocupado a vizinhança da região. O imóvel localizado na Rua Cristóvão Bonini tornou-se motivo de alerta devido à proliferação de casos de dengue na vizinhança. A suspeita é que o acúmulo de entulho no local possa estar contribuindo para a criação de focos do mosquito Aedes aegypti.
Fotos enviadas por moradores vizinhos ao imóvel mostram uma cena preocupante, com pilhas de sacos de lixo, objetos de plástico e móveis antigos visíveis apenas no quintal da frente da residência. Há, inclusive, uma ‘montanha’ de caixas de papelão e outros materiais. Segundo o relato de uma moradora, duas pessoas moram no local e as condições são essas há cerca de 10 anos.
Ela disse ter aberto vários protocolos no canal 156 da Prefeitura, mas nenhuma atitude foi tomada.
O que diz a Prefeitura sobre a casa de acumuladores de lixo?
Em resposta à EPTV Campinas, a Prefeitura afirmou que a casa com acúmulo de lixo em questão já é conhecida pelas equipes de Saúde e de Vigilância em Saúde e “trata-se de um caso complexo”.
O acumulador do imóvel rompeu o vínculo com a equipe da Saúde, que não consegue mais acesso à residência. Segundo a Prefeitura, ele recolhe os resíduos, faz a separação e deixa bastante rejeito orgânico na calçada, provocando mau-cheiro e gerando incômodo para a vizinhança.
As últimas limpezas possíveis foram parciais, mas a Administração garantiu que equipes farão novas tentativas de cuidado e limpeza nas próximas semanas.
O que são pessoas acumuladoras?
A Prefeitura de Campinas considera como situação de acúmulo a manutenção ou retenção de objetos, resíduos e animais, independente da espécie.
Os acumuladores armazenam esses objetos em quantidade que dificulte a organização e manutenção da higiene e salubridade do ambiente, com potencial risco à saúde humana, individual e coletiva, bem como a perturbação de sossego alheio e maus-tratos aos animais, que pode estar, ou não, associada a um transtorno mental.
Acumuladores em Campinas
A secretaria de Saúde informa que a atenção e o cuidado às pessoas acumuladoras é “uma demanda que exige esforço coordenado e intersetorial”.
O cuidado de saúde a estes pacientes é composto pela atenção à saúde realizada pelas equipes do Centro de Saúde mais próximo da residência e por equipes de saúde mental que formam vínculo e oferecem suporte e tratamento para estes casos. Na maioria das situações, o acumulador não possui vínculo com familiares ou vizinhos e utiliza do objeto acumulado como forma de preencher o vazio ocasionado por perdas pessoais, familiares, financeiras, sociais, entre outras.
A Administração destaca que a remoção destes objetos pode ser extremamente violenta e traumática, o que leva o acumulador a ter uma piora significativa do quadro. “O cuidado é feito através de acompanhamento por equipe multiprofissional e interdisciplinar, com objetivo de garantir a melhor intervenção em cada caso”, pontua.
Grupo Técnico de apoio
Campinas conta com um Grupo Técnico que dispõe sobre a atenção integral às pessoas em situação de acúmulo de animais, objetos e resíduos. Ele é coordenado pela secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade, e tem os seguintes princípios e diretrizes:
- Proteção e bem-estar animal;
- Fortalecimento do vínculo familiar e comunitário;
- Continuidade do cuidado;
- Integralidade da atenção;
- Responsabilização;
- Humanização.
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