O MP (Ministério Público) de São Paulo pediu que o caso de injúria racial contra a vereadora de Campinas, Paolla Miguel (PT) seja encaminhado à Justiça Eleitoral.
Para o promotor de Justiça, José Augusto de Barros Faro, há indícios de crime eleitoral na ofensa dirigida a ela durante uma sessão ocorrida em 8 de novembro.
A petista foi vítima de injúria racial enquanto discursava na tribuna da Câmara de Campinas. O xingamento partiu da plateia, onde manifestantes estavam reunidos.
REPERCUSSÕES
A reunião chegou a ser suspensa por alguns minutos. No dia seguinte, a petista foi até o 1º DP (Distrito Policial) de Campinas, onde registrou boletim de ocorrência.
O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil, gerou reações do meio político e motivou um protesto de movimentos sociais em frente à entrada do Legislativo.
Além disso, uma CP (Comissão Processante) foi aberta contra o vereador Nelson Hossri (PSD) pela postura no dia da ofensa. O processo foi arquivado pouco depois.
INDICIAMENTO
O caso foi investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais), que identificou e ouviu o depoimento de uma mulher que participava da manifestação na Câmara.
Em novembro, ela foi indiciada e todos os materiais levantados durante as apurações, como áudios e vídeos da reunião, foram enviados ao Poder Judiciário.
A DIG confirmou que ela é filiada a um partido de direita, mas não detalhou a sigla. Os investigadores afirmam ter indícios de que ela praticou o crime sozinha. A suspeita nega o crime.
O QUE DIZ A VEREADORA
A vereadora Paolla Miguel foi procurada para comentar a solicitação feito pelo MP-SP, mas não respondeu a reportagem até o encerramento deste texto. A matéria será atualizada assim que isso ocorrer.