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CotidianoCelulares podem carregar mais de 300 colônias de bactérias, aponta estudo de Campinas

Celulares podem carregar mais de 300 colônias de bactérias, aponta estudo de Campinas

Alta contaminação chamou a atenção dos pesquisadores; veja recomendação de limpeza

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Pesquisa aponta alto número de bactérias em celulares (Foto: Reprodução/EPTV Campinas) Amostras da coluna do meio mostram colônias de bactérias de amostra feita em celulares (Foto: Reprodução EPTV)

Um estudo feito em Campinas revelou que celulares e equipamentos eletrônicos sem limpeza podem abrigar mais de 300 colônias de bactérias. A análise foi feita pelo laboratório de microbiologia da PUC-Campinas utilizando amostras coletadas de smartphones pertencentes a universitários, funcionários da universidade, adolescentes e crianças.

Essa alta contaminação chamou a atenção dos pesquisadores do laboratório pelo grande depósito de centenas de bactérias nesses equipamentos. A pesquisa ainda apontou que o celular sem higienização possui 30 vezes mais bactérias do que o que passou por uma limpeza (saiba mais abaixo).

“A gente esperava contaminação, com certeza, mas o número de unidades formadoras de colônias de bactérias e fungos foi mais de 300. Então ficamos muito preocupados com a alta contaminação. Entre esses microrganismos podem ter alguns que causam doenças, que são mais violentos, então essa é a grande preocupação”, afirmou a professora de microbiologia da PUC, Magali Stelato.

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O estudo destaca ainda que, mesmo com a orientação de uso de álcool gel 70% nas mãos – que virou hábito com a covid-19-, a proteção pode ser prejudicada se o celular não for devidamente higienizado. O que chamou a atenção dos pesquisadores ainda foi que em alguns casos, a mão apresentava número bastante inferior de bactérias em relação ao aparelho.

“Nas horas das análises achamos que a quantidade de bactérias que tinha na mão seria a mesma ou com número próximo das bactérias dos aparelhos. Mas, nas amostras o número elevado no aparelho surpreendia, era muito maior, a ponto de não conseguir contar o número de colônias que tinha na placa”, explicou a técnica do laboratório de microbiologia, Andréia Rodrigues Bucci.

Segundo a pesquisadora, o estudo demonstra a importância de reconhecer os dispositivos eletrônicos, como os celulares, como potenciais fontes de contaminação e promotores da disseminação de bactérias que prejudicam a saúde. Apesar das mãos serem frequentemente apontadas como a principal via de transmissão de germes, o estudo destaca que os celulares podem atuar como reservatórios de bactérias, podendo contribuir para a recontaminação das mãos e para a propagação de infecções.

 

 

Amostras da coluna do meio mostram colônias de bactérias de amostra feita em celulares (Foto: Reprodução EPTV)

O ESTUDO

Para fazer a coleta, a equipe utilizou um swab estéril, material de coleta que foi levado até o laboratório. Dentro de uma cabine de fluxo laminar – aparelho que permite um ambiente propício no momento da manipulação -, as amostras foram inoculadas em meio ágar sangue em placa.

Após essa etapa, as placas foram incubadas em uma estufa bacteriológica a 37 graus, durante 24 horas. No dia seguinte o resultado foi analisado e as colônias foram contadas para enumerar a presença e a quantidade de Unidades Formadoras de Colônias.

“Notamos também bactérias com enzimas que podem degradar hemácia, assim, podem ser patogênicas”, explicou Andréia.

Além dos aparelhos, foi feita também uma coleta das mãos dos usuários. O que chamou a atenção dos pesquisadores foi que, em alguns casos, a mão apresentava número bastante inferior de bactérias em relação ao celular. O que mostra que o aparelho não só é contaminado pela forma que é usado pelo dono, mas também pode trazer as bactérias para uma mão que foi higienizada.

“Os celulares são equipamentos indispensáveis hoje. Temos um mundo de informações à nossa mão. Mas esses aparelhos carregam um reservatório de microorganismos que podem afetar a nossa saúde. Assim, se a pessoa lava a mão frequentemente, mas não higieniza o aparelho com frequência, a higienização pode não ter efeito”, completou a técnica.
 

COMO LIMPAR? 

Para a limpeza dos aparelhos, é indicada a higienização do aparelho com álcool isopropílico 100%. 
Segundo a pesquisa, após a higienização coma substância, em um cenário onde foram detectadas mais de 300 unidades de colônias, o número caiu para 10 após a limpeza. Ou seja, o celular sem higienização possui 30 vezes mais bactérias do que o que passou por uma limpeza.

“O melhor produto para fazer a limpeza dos aparelhos é com álcool isopropílico que tem a porcentagem menor de álcool, então não vai prejudicar a parte eletrônica dos aparelhos, não vai oxidar. Ele você consegue encontrar em farmácias e outras lojas. E a recomendação é umedecer uma gaze ou algodão, um pano sem enxergar, e passar por toda superfície do aparelho. É indicado fazer essa limpeza igual a mão, toda vez que suja em ambientes que tem contaminação, se está comendo e levou a mão para o aparelho, faz a higienização, levou para o banheiro ou levou em trajeto de ônibus, faz a higienização”, explicou Andrea.

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