A FAB (Força Aérea Brasileira) informou nesta segunda-feira (26), que o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) vai divulgar as informações preliminares sobre o andamento das investigações a respeito do acidente com avião da Voepass em Vinhedo, em coletiva de imprensa marcada para às 17h do dia 6 de setembro. A coletiva contará com a presença do chefe do Cenipa, brigadeiro do ar, Marcelo Moreno e demais investigadores do centro.
De acordo com a FAB, o relatório final da investigação será divulgado “no menor prazo possível, dependendo da complexidade da ocorrência”. Ainda, de acordo com o órgão, o documento será publicado no site do Cenipa.
O acidente
O avião ATR-72 da Voepass, que fazia a rota entre Cascavel (PR) e Guarulhos caiu no condomínio Recanto Florido, em Vinhedo, no dia 9 de agosto. Todas as 62 pessoas que estavam a bordo, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes, morreram.
De acordo com a FAB, a aeronave decolou da cidade paranaense às 11h46 e o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, quando os tripulantes pararam de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo.
Qual a causa da queda do avião em Vinhedo?
Ainda não se sabe o que causou o acidente do avião em Vinhedo, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol — que acontece quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar —, segundo especialistas.
O estol é uma situação na qual a asa perde completamente a sustentação útil, o que causa a queda brusca do avião. A depender da altitude e da condição, é possível recuperar a altitude em voo.
Os especialistas avaliam que a formação de gelo sobre as asas é uma das hipóteses. Meteorologistas do Climatempo apontaram “áreas de instabilidade” e 35% de formação de gelo nas proximidades do local onde o avião caiu.
Apesar disso, são unânimes em afirmar que não existe um único fator que cause um acidente e que é prematuro tirar conclusões a partir dos vídeos ou das informações divulgadas.
Já a transcrição do áudio da caixa-preta mostra que, ao perceber que o avião estava perdendo sustentação, o copiloto disse que era preciso “dar potência” – uma tentativa de estabilizar a aeronave e impedir a queda. Mas isso, infelizmente, não foi possível.
Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo. Neste tempo, segundo os investigadores, o áudio registra que a tripulação tentou reagir. A gravação é finalizada com gritos e com o estrondo do choque da aeronave contra o chão.
Mesmo assim, em uma análise preliminar, o Cenipa não identificou sons característicos de alertas que poderiam “guiar” a investigação sobre as causas, como o alarme de presença de fogo, falha elétrica ou pane no motor.
A confirmação da causa do acidente vai depender da análise de mais registros das caixas-pretas e da combinação de todas essas informações.
Como estão as investigações?
De acordo com a última atualização sobre o caso, no dia 19 de agosto, os dois motores do avião estavam sendo examinados nas instalações da Aeronáutica, em São Paulo. Enquanto isso, os peritos continuavam os trabalhos de análise das duas caixas pretas em Brasília.
Também no dia 19 de agosto, os destroços do avião chegaram à sede da Voepass em Ribeirão Preto. Os pertences das vítimas da queda do avião também haviam sido recolhidos e estavam em processo de limpeza e separação para devolução aos familiares.
O que diz a Voepass?
O CEO da Voepass Linhas Aéreas, Eduardo Busch, afirmou na noite do acidente que os pilotos eram experientes e que os sistemas operacionais da aeronave estavam todos em funcionamento no momento da decolagem.
“A VOEPASS Linhas Aéreas informa que a aeronave PS-VPB, ATR-72, do voo 2283, decolou de CAC sem nenhuma restrição de voo, com todos os seus sistemas aptos para a realização da operação”.
No primeiro pronunciamento após a tragédia, o presidente da companhia Voepass, comandante José Luiz Felício Filho, expressou solidariedade às famílias das vítimas e destacou que a empresa segue “as melhores práticas internacionais” de segurança.
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