Muitas cidades do Interior de São Paulo amanheceram com céu cinzento e visibilidade reduzida nesta terça-feira (3). Este fenômeno é resultado das queimadas na Amazônia e no Pantanal, conforme confirmado pelo Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp. A condição da densa fumaça deve persistir até pelo menos a próxima quinta-feira (5) quando ela ainda ficará mais intensa devido a entrada de uma frente fria. A partir da sexta-feira a tendência é de melhora (veja mais abaixo).
Além do aspecto “opaco” do céu e do forte cheiro de fumaça, que é mais intenso em alguns pontos do estado, a situação é agravada por focos de queimadas locais.
“O que estamos observando é o transporte da poluição da região amazônica e do Pantanal para o Estado de São Paulo. No mapa, isso aparece como nebulosidade, mas é predominantemente fumaça. A frente fria que passou pelo oceano ontem canalizou a fumaça em direção ao estado de São Paulo, resultando nesse céu opaco e carregado”, explicou o meteorologista Bruno Bainy, do Cepagri. A concentração de poluentes na atmosfera é elevada devido à falta de chuva e às altas temperaturas.
Região da Serra dos Cocais agravou a ocorrência de fumaça
A região de Campinas também enfrenta névoa e cheiro de queimada, resultado do incêndio na Serra dos Cocais, em Valinhos, que começou no último sábado e se estendeu até a noite de ontem. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio, que atingiu uma área de 700 mil metros quadrados, ocorreu em uma região de difícil acesso.
“Essa nuvem de fumaça deve persistir nos próximos dias e pode se intensificar na quinta-feira, com a aproximação de uma nova frente fria, que continuará a transportar poluição para o estado. A melhoria está prevista para sexta-feira”,
afirmou Bruno.
Defesa Civil alerta para risco de queimadas em Campinas
A Defesa Civil de Campinas emitiu um alerta ontem (2) para o risco de incêndios florestais na região. O alerta vale até a sexta-feira (6). Condições meteorológicas, com temperatura máxima na casa dos 36°C e umidade relativa do ar abaixo dos 20%, com rajadas de vento forte, podem favorecer o início espontâneo, propagação e intensificação dos incêndios.
A recomendação da Defesa Civil é redobrar a atenção em áreas de vegetação seca. Destaca-se que colocar fogo no mato é um crime ambiental, passível de sanções penais e administrativas. Além disso, causa danos irreparáveis à fauna, flora e a população da região.
Multas
Em Campinas, é proibido por lei usar fogo para limpar terrenos. Se for constatada a queimada no terreno, o proprietário pode ser multado. A multa para queimadas em terrenos é de 200 UFICs (Unidades Fiscais de Campinas), equivalente a R$ 932. A lei 16024/20 proíbe o uso do fogo para limpeza e preparo do solo em Campinas, inclusive para o preparo do plantio ou colheita, exceto a queima controlada e o cultivo da cana-de-açúcar. A multa é de 5.000 UFICs por hectare ou fração, cerca de R$ 23 mil.
Também está proibida a queima de lixo, mato ou qualquer outro material orgânico ou inorgânico na zona urbana de Campinas. Nesse caso, varia de 200 a 1000 UFICs, entre R$ 930 e R$ 4.660.
Com informações de Talita Nonato/EPTV
Quer ficar ligado em tudo o que rola em Campinas? Siga o perfil do acidade on Campinas no Instagram e também no Facebook.
Receba notícias do acidade on Campinas no WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o link aqui!
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Campinas e região por meio do WhatsApp do acidade on Campinas: (19) 97159-8294.
LEIA NO ACIDADE ON PIRACICABA