Em iniciativa para encontrar pessoas desaparecidas, o estado de São Paulo está realizando campanhas de coleta em massa de DNA dos familiares. A mobilização acontece até sexta-feira (30), e contará com dois pontos de coleta na região de Campinas: um na metrópole e outro em Americana (confira os endereços no final da reportagem).
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), o objetivo é contribuir para o banco de perfis genéticos, facilitando a identificação de desaparecidos. Depois de coletado, o material é usado em um cruzamento no banco de perfis genéticos de pessoas encontradas vivas ou falecidas, e que estão com identidade desconhecida nos bancos.
Durante a mobilização, a Delegacia da Pessoa Desaparecida também realizará uma busca ativa de casos específicos, entrando em contato com as famílias para incentivar a coleta do material genético.
A iniciativa é liderada nacionalmente pelo MJ-SP (Ministério de Justiça e Segurança Pública) e, em Campinas e Americana, é conduzida pela Polícia Civil.
No ano de 2023, foram registrados 18.508 casos de desaparecimento no estado de São Paulo, conforme dados do Anuário da Segurança Pública. No mesmo período, 17.711 pessoas foram localizadas. Ainda segundo a SSP, de novembro de 2023 a maio de 2024, o banco de DNA permitiu a identificação de pelo menos 24 restos mortais no estado.
Além desse mutirão, a coleta de DNA também ocorre todas às quartas-feiras nos IML (Institutos Médicos Legais) do estado, mediante agendamento pelo site (clique aqui).
Denis Silva da Paixão, natural de Ijaci, Minas Gerais, vai participar da ação na tentativa de encontrar irmão, Renato Silva da Paixão, de 39 anos, desaparecido desde fevereiro de 2020. Denis conta que trouxe Renato para uma visita a Campinas, onde ele começou a se sentir mal e foi levado ao hospital.
“Após a triagem, meu irmão me entregou a carteira e o celular na recepção. Ele disse que iria ao banheiro, e depois disso, sumiu. Tenho esperança de encontrá-lo e vou participar do mutirão na tentativa de achar meu irmão”, relata Denis.
Quem pode doar?
A prioridade é coletar o DNA de familiares de primeiro grau, como pais, filhos e irmãos biológicos, sendo recomendado que pelo menos dois familiares participem da coleta.
O material genético pode ser recolhido por meio de células da mucosa oral ou a partir de uma gota de sangue do dedo.
O que precisa levar?
É preciso levar documento de identificação com foto, além do número do registro de ocorrência do desaparecimento.
Os especialistas também solicitam a doação de objetos que possam conter material genético do desaparecido, como escova de dentes. Os perfis serão inseridos no banco estadual, que está integrado ao nacional.
Confira os pontos de coleta
IML de Campinas
- Endereço: Rua Barão de Parnaíba, 300, no bairro Botafogo
- Horário de Funcionamento: Atendimento 24h
- Telefone: (19) 3236-2833
IML de Americana
- Endereço: Avenida Ângelo Pascoti, 90, no Distrito Industrial Nossa Senhora de Fátima
- Horário de Funcionamento: Atendimento 24h
- Telefone: (19) 3462-3894
*Com informações de Gabriela Milanezi/EPTV Campinas
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