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CotidianoColunistasDa série Paranoias Pandêmicas - A conspiração

Da série Paranoias Pandêmicas – A conspiração

Se o terraplanismo é uma certeza, igualmente incontestável é a boa intenção do nosso líder.

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palmito

 

Que a Terra é plana, ninguém discute. Tão achatada quanto os pães sem fermento do tempo de Jesus Cristo, que a Damares jura de pés juntos ter avistado subindo na goiabeira, quando ainda em tenra idade (a Damares, não Jesus).

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Se o terraplanismo é uma certeza, igualmente incontestável é a boa intenção do nosso líder.

Toda a comunidade científica internacional, em uníssono e em sincronicidade, propaga um engodo. Alerta para uma ameaça inventada. Uma porcaria de um vírus tão fraco que não resiste a água e sabão. As revistas Nature, Lancet, Scientific American e uma pá de outras estão mancomunadas em um grande embuste multinacional, maldosamente urdido para acabar com o Palmito, nosso messias. Todos os demais governos do planeta, ao pregarem distanciamento, máscara, higiene e um mínimo de consciência sobre si e a coletividade, são satãs em nojento conluio – sob a liderança do gigante vermelho asiático, pronto para possuir um mundo rendido, de quatro, implorando para ser sodomizado.

Nosso Palmito, Odorico Paraguaçu de uma Sucupira continental, com seus elixires miraculosos, sua garrafadas inócuas e simpatias de benzedeira, é o baluarte da ira santa, a voz destoante entre os nações da maldade, o missionário ungido, o único capaz de enfrentar e vencer as grandes corporações farmacêuticas. Nele reside nossa esperança, a ele elevamos nossas orações, por ele esperamos no cercadinho, assim que rompe a alvorada.

Esta é uma obra de ficção.
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