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Encontro de Braços Fortes

Quando os Armstrongs se encontram

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Sinceramente, não consigo entender como nos confundem. Sou loiro, minhas roupas de astronauta são claras como uma lua cheia. Você é negro e geralmente está de terno escuro. Precisa estar muito cego ou ter tomado todas, em algum jazz club de New Orleans, pra confundir a gente.

A confusão é por conta do “Armstrong”. Com exceção da origem norte-americana, nós não poderíamos ser mais diferentes.

Literalmente, Armstrong quer dizer “braço forte”. Isso explica muita coisa, meu caro. Inclusive o fato de ter fincado tão firme a bandeira americana lá no solo lunar. Que momento mágico, que orgulho

Ouvi falar que está lá até hoje.

É. Mas quando é hoje, heim? Há quanto tempo estamos aqui, vagando por estas plagas celestes? Acho que você morreu alguns anos antes de mim, Louis.

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Foi. Agora, cá pra nós: nessas cápsulas do tempo que comenta-se a Nasa andou mandando pro espaço, cheias de coisas geniais criadas pelo homem, tem alguma gravação minha? Não me deixaram de fora, né?

Não sei te dizer, Louis. Até porque essa missão não foi minha. O que eu sei é o que todo mundo sabe. Essas fotos, discos, objetos, filmes, utensílios são itens que, se algum extraterrestre achar um dia, vai saber o que de melhor fizemos durante um certo tempo.

Diz pra mim, quando você estava lá na lua, admirando a Terra azulzinha, não deu vontade de cantar aquela canção que eu gravei, “What a wonderful world”?

Até cantaria, Louis. É tão linda, né? O momento era bem propício, mas acho que em 1969 você ainda não tinha gravado esta música.

Tinha sim. O disco é de 1968.

Tá certo. Ô xará, posso te pedir uma coisa?

Fala, Neil.

Toca aí “Fly me to the moon” pra lembrar dos velhos tempos.

Esta é uma obra de ficção.

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