Com atrasos na conclusão do BRT, Campinas assinou nesta sexta-feira (19) a ordem de serviço para a construção de dois viadutos do Lote 2 das obras, na Avenida John Boyd Dunlop.
O investimento nas obras é de R$ 16,5 milhões, com prazo de execução de 10 meses. De acordo com a Administração, serão edificados dois viadutos na Avenida, sendo um na altura da avenida transamazônica (55 metros de extensão) e outro na altura da rodovia dos bandeirantes (150 metros de extensão).
A empresa responsável é a mesma que realizou as demais obras do Lote 2, a Construcap CCPS. Com a finalização das duas estruturas, as obras do Lote 2, que compreendem os trechos 2, 3, e 4 do Corredor Campo Grande, da Vila Aurocan até o Terminal Itajaí, serão concluídas.
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Segundo a Prefeitura, o trânsito local só será bloqueado em situações pontuais, como o içamento de vigas.
BRT CAMPINAS
As obras do BRT Campinas estão 96% concluídas, com 35,6 km entregues. Três terminais e uma estação estão ativos e sendo utilizados pelo sistema convencional de transporte público. São eles: Terminais Santa Lúcia, Satélite Íris e Campo Grande e Estação João Jorge.
O investimento total no BRT Campinas é de R$ 490 milhões, incluindo ajustes. Após atrasos, o prazo para finalizar esta fase é até o início de 2023.
CORREDOR OURO VERDE
A Prefeitura de Campinas anunciou no início do mês de agosto que decidiu romper o contrato e multar o Consórcio BRT Campinas, responsável pelos trechos 2 e 3 do Corredor Ouro Verde.
Segundo a Administração, o Consórcio deixou de realizar 11% do total deste lote, sendo três estações, um terminal, o CCO (Centro de Controle Operacional), alguns pequenos trechos viários, além de dois terminais entregues incompletos.
As obras, referentes ao lote 4, estão inacabadas e agora terão de ser concluídas por outra empresa, após relicitação. De acordo com a Prefeitura, o valor da multa contra o Consórcio está sendo calculado de acordo com a planilha que será usada de base para a nova licitação.
No ano passado, o mesmo Consórcio já havia ficado quatro meses sem avançar nas obras e chegou responder a outro processo de penalização, com multa estimada em R$ 10 milhões. No entanto, houve acordo e as punições foram suspensas.
PROBLEMAS
O lote 4, que compõe o Corredor Ouro Verde do BRT, abrange as Avenidas João Jorge, Amoreiras, Piracicaba, Ruy Rodriguez e Camucim até o Vida Nova, totalizando 14,6 quilômetros.
Os maiores problemas do lote 4 referem-se a trechos viários em frente ao terminal de ônibus Ouro Verde, nas proximidades do Vida Nova, e no trecho da ponte sobre o Rio Capivari, perto do Jardim Morumbi.
ATRASO NAS OBRAS
No final do mês passado o secretário municipal de Infraestrutura, Carlos José Barreiro, informou que a entrega do BRT, que deveria ser concluída até o primeiro semestre de 2022, não aconteceria devido a problemas no Corredor Ouro Verde, e já indicou que haveria uma nova licitação.
O corredor integra o Lote 4, que está atualmente com 89% do trecho pronto. Nele R$ 91,3 milhões já foram pagos, dos R$ 101,64 milhões previstos no contrato.