As vendas em varejo tiveram uma expansão de 4% em junho deste ano em Campinas, em comparação com o mesmo período de 2021. O levantamento foi divulgado pelo Departamento de Economia da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), com base nos dados da Boa Vista – SCPC. Em Campinas, as vendas físicas faturaram, no período, R$ 963 milhões, 4% acima do faturamento de junho de 2021, que foi de R$ 926,2 milhões. Segundo a associação, a comemoração do Dia dos Namorados, celebrada em 12 de junho, contribuiu para o desempenho no mês.
Somente em relação à data, o crescimento foi de 7,89% neste ano. Além disso, a pesquisa aponta que houve alta de 25,22% no nível de faturamento de junho quando comparado ao mês anterior, em maio. Já na RMC (Região Metropolitana de Campinas), o faturamento de junho de 2022 foi de R$ 2,29 bilhões, também cerca de 4% acima do registrado no ano passado, quando foram faturados R$ 2,20 bilhões.
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SEGMENTOS
De acordo com o levantamento, no segmento de “Bens não Duráveis” as vendas nos supermercados evoluíram em 9,9%, em junho. Em farmácias e drogarias foi 7,1% e, nos postos de combustíveis, em 6,5%. Já em “Bens Duráveis”, os crescimentos foram mais tímidos, de 3,9%, em materiais de construção e de 2,15%, em vestuário. No setor de “Serviços” as vendas foram ainda menores, de 1,7%, em turismo e transportes e de 0,9%, em bares e restaurantes.
No comércio eletrônico, o aumento nas vendas em junho deste ano foi de 19% na comparação com junho de 2021, atingindo aproximadamente R$ 585,9 milhões. A evolução do “Varejo Restrito”, que não inclui atividades de veículos e materiais de construção, de Campinas e Região, apresentou uma expansão positiva quando comparada com o varejo sob o efeito da covid-19.
“Na avaliação sob o efeito da expansão dos principais indicadores econômicos (inflação, juros e câmbio em alta) e o poder de compra em baixa, o varejo está em evolução estável, podendo ficar instável, dependendo dos efeitos da crise da Rússia com a Ucrânia, que pode impactar negativamente a economia mundial. Para os próximos meses, a perspectiva é de instabilidade para o varejo de Campinas e região, dependendo de uma melhora dos indicadores econômicos, das eleições no País e do apaziguamento da crise internacional da Rússia contra a Ucrânia, que se mantém indefinida”, avalia o economista da Acic, Laerte Martins.
Ainda de acordo com Martins, as vendas à vista cresceram 47,63%, indicando uma possível elevação da inadimplência para os próximos meses. Já as vendas a crédito cresceram 6,1%, em junho.
INADIMPLÊNCIA
A inadimplência entre junho de 2022, na comparação com junho de 2021, apresentou uma elevação de 1,1%, gerando cerca de 115.748 carnês/boletos não pagos, o que corresponde a R$ 83,3 milhões em valores de endividamento dos consumidores de Campinas. Na RMC, foram gerados cerca de 275.590 carnês/boletos não pagos no período, o equivalente a R$ 198,4 milhões em valores de endividamento dos consumidores em junho.
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