O comércio de Campinas faturou R$ 767,2 milhões durante o mês de maio, de acordo com dados da Boa Vista SCPC, avaliados pelo departamento de economia da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas).
Segundo a associação, o valor representa uma expansão de 2,1% nas vendas físicas em relação ao mesmo período do ano passado, quando haviam sido faturados R$ 751,4 milhões. Já em relação a abril de 2022, o crescimento foi de 14,16%.
Para o economista e diretor da Acic, Laerte Martins, parte do desempenho ocorre devido as comemoração do Dia das Mães. “As vendas deste ano, em Campinas e na RMC, registraram boa expansão sobre 2021, de 12%. Trata-se de uma data bastante prestigiada pelo comércio varejista”, relata.
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Além disso, as vendas a crédito cresceram 12,77% em maio e as realizadas com pagamento à vista, 15,82%, indicando uma possível redução da inadimplência para os próximos meses (veja detalhes abaixo).
REGIÃO DE CAMPINAS
O levantamento ainda aponta que as vendas físicas na RMC (Região Metropolitana de Campinas) faturaram R$ 1,8 bilhão em maio deste ano, o equivalente a 2,1% acima do total faturado em 2021.
No comércio eletrônico, o crescimento nas vendas foi mais significativo, de 18,5%, atingindo cerca de R$ 492,4 milhões.
No segmento de bens não duráveis, os supermercados registraram a maior evolução, de 9,5%. Na sequência, aparecem drogarias e farmácias, com 6,2% de crescimento, e postos de combustíveis, com 5,5%.
Já em relação aos bens duráveis, as lojas de materiais de construção cresceram em 4,1%, e as de vestuário 2,1%, em maio de 2022.
No setor de Serviços, os segmentos de turismo e transportes evoluíram em 1,8%, enquanto que o de bares e restaurantes expandiu em 0,9% no período.
INADIMPLÊNCIA
A inadimplência teve uma redução de 1,09% entre maio de 2022 e maio de 2021, em Campinas. Ao todo, foram gerados cerca de 92.250 carnês e boletos não pagos, correspondendo a R$ 66,4 milhões em valores de endividamento dos consumidores.
Na RMC, foram gerados cerca de 219.643 carnês e boletos não pagos, equivalentes a R$ 158,1 milhões em valores de endividamento dos consumidores.
“A evolução do varejo restrito de Campinas e Região apresenta uma evolução positiva, quando comparada com o varejo sob o efeito da covid-19. Na avaliação, perante a expansão dos principais indicadores econômicos (inflação, juros e câmbio em alta e o poder de compra em baixa), o varejo está em evolução estável, mas podendo ficar instável, a depender dos reflexos da crise belicosa da Rússia com a Ucrânia”, afirma Laerte Martins.
De acordo com o economista, a perspectiva para o varejo de Campinas e região nos próximos meses é de instabilidade, dependendo de uma melhora dos indicadores econômicos, do apaziguamento da crise internacional da Rússia contra a Ucrânia e das eleições no Brasil.
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