- Publicidade -
CotidianoComércio: empresários relatam dificuldades durante fases restritivas

Comércio: empresários relatam dificuldades durante fases restritivas

Comerciantes lidam com demissões, queda nas vendas e pagamento de aluguel mesmo sem lucros desde que restrições começaram a ser impostas

- Publicidade -

 

De portas fechadas, comerciantes enfrentam dificuldades para continuar no mercado (Foto: Amanda Rocha)

Com as restrições impostas pelas fases do Plano São Paulo, elaborado ano passado pelo Governo do Estado como forma de enfrentamento da covid-19, pequenos empresários têm tido dificuldades para se manter no mercado. Demissões, queda nas vendas e pagamento de aluguel mesmo sem lucros. Esses são alguns dos problemas enfrentados por comerciantes de Campinas. 

Dos 87 primeiros dias de 2021, 26 foram marcados pela fase vermelha, com medidas restritivas severas. Já em 2020, dos 365 dias, 284 foram com restrições para o comércio em geral, entre fase vermelha e laranja, e apenas 51 dias na fase verde. 

A empresária Marjorie Danzigner Gagliardi tem uma clínica de estética no bairro Cambuí, em Campinas. De acordo com ela, antes da pandemia costumava atender cerca de 50 clientes por dia. Atualmente, com seis funcionários para pagar, Marjorie teve que suspender o atendimento devido à fase emergencial, que não classifica as clínicas de estética como atividade essencial. 

“Eu tenho vivido medicada, porque é uma angústia 24 horas. A minha cabeça não consegue parar. É o tempo todo fazendo conta e mais conta, como que eu vou pagar isso, como eu vou pagar aquilo. O meu banco não quer renegociar mais. Isso está sendo uma loucura”, conta. 

Marjorie relata que, mais difícil que perder a renda, é ter que honrar com os compromissos fixos. “Aluguel, meu empréstimo no banco, minhas funcionárias. Têm os produtos que eu uso aqui, porque a gente tem que comprar uma quantidade grande para poder fazer o contrato. É muita coisa e isso é muito triste. A gente vê pessoas desmanchando lojas aqui no Cambuí o dia inteiro”. 

- Publicidade -

MUDANÇA PARA O ON-LINE 

Já a empresária Isabela Angelini tem uma loja de brinquedos em Barão Geraldo. Com as restrições, ela recorreu às vendas on-lines, mas, segundo ela, o meio não supera a modalidade de compra presencial. 

“A nossa loja é uma espécie de experiência. A criança vem, senta e brinca com os brinquedos, ela consegue escolher o brinquedo a partir disso. A rede social faz com que a pessoa não consiga tocar e ter essa experiência antes de comprar”, comenta. 

Para administrar os custos, a loja teve que dispensar uma das funcionárias. Mas isso não foi suficiente para que Isabela pudesse arcar com todos os gastos. 

“Isso realmente impacta bastante na condição e saúde do negócio. A gente também tem preocupação com as famílias que estão impactadas”. 

O QUE DIZ O GOVERNO E MUNICÍPIO 

Procurado, o Governo de Estado informou que em 2020, ano de início da pandemia, disponibilizou R$ 2 bilhões em crédito, através dos programas Desenvolve SP, Banco do Povo e o Sebrae, a fim de ajudar o setor. 

Disse ainda que nesse ano, 2021, já foram disponibilizados R$ 275 milhões via Banco do Povo e Desenvolve SP. 

No dia 17 de março, o governo lançou um pacote de ajuda aos setores mais afetados, com apoio econômico, fiscal e tributário. Podem se beneficiar do programa os setores bares e restaurantes, academias, salões de beleza e produção de eventos. 

No entanto, para participar, é necessário cumprir alguns critérios estabelecidos pelo governo, como faturamento mensal igual ou inferior a R$ 30 mil. 

Já a Prefeitura de Campinas informou ter recebido os setores em reuniões, a fim de buscar soluções. Disse ainda que um grupo de secretários tem trabalhado em medidas para minimizar os prejuízos.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -