Um conselheiro de Engenheiro Coelho foi destituído do cargo, após ter divulgado imagens de uma criança em situação vexatória. Messias Costas, de 30 anos, já havia sido afastado do cargo ano passado por ter agredido um adolescente. (LEIA MAIS ABAIXO)
A ação, ajuizada pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo), esclarece que Messias praticou condutas incompatíveis com a função. “Ele expôs a intimidade e a imagem de uma criança em situação constrangedora, publicando vídeo no Facebook e Instagram”, diz o MP.
Nas imagens, gravadas por Messias sem autorização da representante legal, o menino aparece dublando uma música enquanto supostamente faz necessidades fisiológicas.
Segundo o promotor de Justiça Francisco Antonio Nieri Mattosinho, após os fatos, a criança passou a ser ridicularizada por colegas e apresentou mudança no comportamento.
“Chorando muito, triste, irritado, com ideação suicida, querendo se matar com fogo ou corda”, expõe o promotor.
Ainda segundo o MP, Messias, que se candidatou a vereador de Engenheiro Coelho durante as eleições 2020, chegou a realizar uma live explorando a imagem do mesmo menino, com fins eleitorais. Ele não foi eleito.
AGRESSÃO A ADOLESCENTE
Em julho do ano passado, uma moradora registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Engenheiro Coelho, afirmando que Messias teria agredido o filho dela na tentativa de separar uma briga entre outro adolescente.
Diante da denúncia, o CMDCA (Conselho Municipal dos Diretos da Criança e do Adolescente), órgão que delibera a política de proteção a criança e o adolescente, reuniu uma comissão a fim de investigar a suposta agressão. Na época, Messias ficou afastado da função por 30 dias.
OUTRO LADO
Procurado pelo ACidade ON Campinas, Messias confirmou o caso e disse que a decisão cabe recursos e seguia, até então, sob segredo de Justiça. Sobre o vídeo, Messias afirmou que, por conta de briga com pessoas que foram amigas no passado, ele foi denunciado no Conselho Tutelar.
Ele disse que o vídeo foi feito, segundo Messias, em setembro do ano passado. Mas por conta destas desavenças com essa família, foi criada uma narrativa sobre o sofrimento da criança e a denúncia foi feita somente em fevereiro.