O corpo de Jonas Lucas Alves Dias, assassinado no último dia 14, é velado na manhã desta sexta-feira (16), em Hortolândia. O velório acontece no Memorial Hortolândia, no Jardim Nova Europa, e o sepultamento ocorre às 13h30, em Sumaré. Vencedor do prêmio de R$ 47 milhões da Mega-Sena em 2020, Jonas foi encontrado com sinais de espancamento e o caso é investigado (veja abaixo).
A entrada do local onde ocorre o velório foi isolada e o acesso restrito foi liberado por uma porta lateral do espaço. Segundo um dos amigos do milionário, ninguém próximo deve falar com a imprensa no velório e no enterro. A entrada das equipes de reportagem também não foi autorizada até agora.
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APURAÇÃO
Ontem (15), amigos do núcleo familiar da vítima foram ouvidos pela Polícia Civil. De acordo com a delegada Juliana Ricci, uma das responsáveis pelo caso, a intenção é entender as relações pessoais dele. Ela disse ainda que Jonas Lucas não alterou em nada a vida após ganhar o prêmio milionário sorteado em 2020.
“Ele não alterou em nada a vida dele. Continuou morando em Hortolândia, com o mesmo grupo de amigos”, disse. A delegada afirmou que trabalha com três linhas de investigação: latrocínio, extorsão seguida de morte ou homicídio. Ricci concedeu entrevista nesta quinta, um dia depois de Jonas ser encontrado com sinais de espancamento às margens da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348).
A investigação ainda está em fase inicial, de acordo com a polícia, e há muitas questões a serem esclarecidas. Além de ouvir amigos do vencedor da Mega, o celular da vítima também foi apreendido. A delegada Juliana Ricci afirmou que ele não tem pai ou mãe vivos, e também não tinha relação afetiva ou filho.
IMAGENS E EMPRESA
A equipe que apura o crime também está analisando as imagens de câmeras de segurança do caminho que a vítima fez com os suspeitos, mas este material não foi divulgado para não prejudicar a investigação. Outra linha de investigação quer esclarecer se a vítima tinha ligação com uma empresa aberta em 2021 com o nome dele em Hortolândia. Os sócios dessa empresa também foram ouvidos.
CONTAS BANCÁRIAS
A polícia tem também as informações das duas contas bancárias que os suspeitos usaram, a que receberia os R$ 3 milhões é de uma pessoa jurídica. Já a que recebeu a transferência via PIX é de uma pessoa física.
Além disso, a equipe recebeu as imagens dele sacando o dinheiro presencialmente na agência bancária e do local onde ele foi deixado. Mas, até o momento, não tem o momento que ele é deixado. Apenas o resgate dele.
O caso foi registrado como extorsão seguida de morte e é investigado pela delegacia de Hortolândia, com apoio da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba.
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