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CotidianoCovid-19: infectologistas defendem volta das máscaras e mais vacinação

Covid-19: infectologistas defendem volta das máscaras e mais vacinação

Objetivo é evitar que tendência atual de aumento de casos continue; pelo menos quatro estados da federação já estão em alerta

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A Sociedade Brasileira de Infectologia defende a volta do uso de máscaras e incremento da vacinação (Foto: Ricardo Moraes/Agência Brasil)
A Sociedade Brasileira de Infectologia defende a volta do uso de máscaras e incremento da vacinação (Foto: Ricardo Moraes/Agência Brasil)

 

A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) defendeu, nesta sexta-feira (11), o incremento da vacinação, a volta do uso de máscaras e outras medidas para evitar que o cenário atual de alta nos casos de covid-19 traga um possível aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes no futuro.

A entidade divulgou nota técnica de alerta, elaborada por seu Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias e assinada pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo.

“Pelo menos em quatro estados da federação, já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mês anterior”, diz o texto, baseado nos dados divulgados na quinta-feira (10) no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz.

A SBI alerta que o cenário é decorrente da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes e pede que o Ministério da Saúde, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenham atenção especial às medidas sugeridas.

O primeiro ponto levantado pela sociedade científica é que é preciso incrementar as taxas de vacinação contra a covid-19, principalmente nas diferentes doses de reforço. A SBI avalia que as coberturas se encontram, todas, em níveis ainda insatisfatórios nos públicos-alvo.

 

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Os infectologistas recomendam também garantir a aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, independente da presença de comorbidades. Até o momento, a vacinação da faixa de 6 meses a 3 anos ainda está restrita a crianças com comorbidades, e o Ministério da Saúde iniciou na quinta-feira (10) a distribuição de 1 milhão de doses de vacinas destinadas a elas.

A SBI também pede a aprovação rápida e acesso às segundas vacinas bivalentes de geração, atualizadas com as novas variantes, que estão atualmente em análise pela Anvisa. Procurada a agência respondeu que os processos estão em fase de deliberação provavelmente em breve, embora não haja uma análise de dados final para isso.

“A Agência Nacional Vigilância Sanitária continua trabalhando na análise dos pedidos de uso emergencial das novas versões de vacina contra a covid19 do laboratório Pf contendo as subvariantes BA.1 e BA./BA.5.4 Os processos processuais pelas etapas de A equipe dos dados de especialistas à agência médicas, agências da e esclarecimentos dos fabricantes, bem como discussão com sociedades médicas conhecidas.

O quarto ponto levantado pelos infectologistas é a necessidade de disponibilizar nas redes pública e privada as medicações já aprovadas pela Anvisa para o tratamento e prevenção da covid-19, como o paxlovid e o molnupiravir, medida que ainda não se concretizou após mais de seis meses da licença para esses fármacos no Brasil, ressalta a SBI. Não se obteve resposta do Ministério da Saúde até a publicação desta reportagem.

O quinto ponto diz respeito às medidas de prevenção chamadas não farmacológicas. A SBI defende a volta do uso de máscaras e do distanciamento social para evitar situações de aglomeração, principalmente pela população mais vulnerável, como idosos e imunossuprimidos.

A SBI pede que as medidas sugeridas sejam tomadas com brevidade, para otimizar as tecnologias de prevenção e tratamento já disponíveis e reduzir a chance de um possível impacto futuro de óbitos e superlotação dos serviços de saúde públicos e privados por casos graves de covid-19.

 

 

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