A maior parte dos jovens do Brasil (75%), que têm entre 18 e 24 anos, estão fora do ensino superior, e entre as famílias de baixa renda, menos de um a cada 10 (8,4%) consegue cursar faculdade. Já entre os mais ricos, quase seis em cada dez (58,3%) estão cursando, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entre os vários motivos apontados por especialistas para isso encontra-se o abismo entre os ensinos público e particular até o ensino bédio. Por isso, os cursinhos públicos populares são tão necessários.
Em Campinas, especificamente, os cursinhos públicos estão contribuindo para aprovação em instituições renomadas como USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Além disso, a Fundação Feac (organização independente que atua em Campinas), apoia os estudantes com transporte e alimentação, além de ajudar a manter os espaços onde as aulas são ministradas. O investimento que ela pretende fazer a cinco cursinhos até o fim deste ano é de R$ 387 mil.
“O intuito é que o direito à educação seja exercido”, afirma o coordenador de desenvolvimento da Feac, Rodrigo Correia.
Já a Unicamp destina R$ 853 mil anuais a outros cursinhos com perfil semelhante. Aportes como esse possibilitaram que em 2023 quase 600 estudantes participassem desses cursos, sendo que 66 conseguiram ser aprovados já nas primeiras chamadas.
Cursinhos públicos dão oportunidade
Mas, se forem considerados alunos como Vitor Hugo Vinícius dos Santos, por exemplo, que passou em três universidades, a soma chega a quase cem pessoas. Santos começou a cursar letras na Unicamp neste mês. Foi aluno do cursinho Marielle Franco por um ano e é o primeiro membro da família dele a entrar em uma faculdade. “A gente vinha pra cá entendendo que (esse sonho) seria possível”, declara.
Quem também fez cursinho popular foi Mariana Barbosa Lima. Mas, ela cursou o Herbert de Souza, onde inclusive cozinhava as próprias refeições. “É realmente um ato de espalhar a esperança. É perceber que realmente as coisas podem melhorar”, declara.
A aprovação de Mariana na Unicamp gerou um impacto superpositivo para ela e para a família inteira. A diarista Edna Avelino é avó de Mariana e conta o que contribuiu para a aprovação da neta: “a base dela foi muito amor e acolhimento. A gente sempre acreditou muito nela”.
Requisitos para entrar em um cursinho público
- estudar em escola pública
- ter renda familiar de até R$ 1.500 salário por pessoa
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