A Defesa Civil de Campinas registrou 3.233 ocorrências provocados pelas chuvas que atingiram a cidade durante o período da Operação Verão. A ação foi feita entre os dias 1º de dezembro de 2022 e 15 de abril de 2023. Segundo a Administração, a Operação normalmente ocorre entre os meses de dezembro a março. Porém, nesse ano foi prorrogada pelo governo do Estado até 15 de abril por conta das fortes chuvas que atingiram o Estado.
Em Campinas, de acordo com a Defesa Civil, a maior parte dos casos registrados está relacionada a alagamentos e quedas de árvores. Nesse levantamento estão incluídos os registros que terminaram na morte de duas pessoas.
A primeira vítima foi um homem de 36 anos que morreu após ter um carro atingido por uma árvore quando passava na região no Bosque. Além, da morte de uma menina de 7 anos que foi atingida por uma árvore de grande porte no interior da Lagoa do Taquaral (veja mais abaixo).
Após os dois acidentes a Prefeitura chegou a interditar todos os parques com áreas verdes da cidade para fazer uma avaliação do composto arbóreo. O Bosque do Jequitibas, local do primeiro acidente e a Pedreira do Chapadão seguem interditados até hoje (leia mais aqui).
LEVANTAMENTO
Segundo a Defesa Civil no mês de janeiro houve a maior parte dos registros, no período foram realizados 555 atendimentos em moradias alagadas, com 126 alagamentos em imóveis regularizados e 429 em habitações.
Vale lembrar que o mês de janeiro em Campinas registrou chuvas muito acima da média. O mês somou 380,7 milímetros de chuva. A quantidade é 103,1 milímetros acima do esperado para o período, que é de 277,6 milímetros, segundo o Cepagri.
Para o diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, essa edição da Operação Verão foi uma das mais complexas e difíceis. “Tivemos quatro meses de chuvas intensas, não só em Campinas, mas na região e no Estado como um todo. Nesta edição da operação o registro de ocorrências pela Defesa Civil foi 82% maior que no ano passado”, afirma.
VISTORIAS
Além disso, os técnicos da Defesa Civil realizaram 172 vistorias preventivas em áreas consideradas de risco, 34 a menos que o ano anterior. Nos meses da operação, o telefone 199 recebeu 14.548 ligações da população. Também foram publicados 994 alertas de condições meteorológicas. Estes comunicados são relevantes para a prevenção de risco de desastres e estão incluídos os SMS’s enviados à população.
MORTES
O alto acumulado de chuva causou diversos transtornos em Campinas. Temporais causaram alagamentos em casas, ruas e avenidas, enxurradas, quedas de pontes, destruição em asfaltos e muitas quedas de árvore, sendo que duas delas resultaram em mortes.
Um motorista, de 36 anos, morreu ao ser atingido por uma figueira na região do Bosque dos Jequitibás e um eucalipto caiu e matou uma criança de 7 anos na Lagoa do Taquaral, principal ponto turístico de Campinas.
AÇÕES
A Operação Verão agrega um conjunto de medidas para a redução dos riscos de desastres, como vistorias preventivas e monitoramento de áreas de risco de enchentes, que tem como objetivo minimizar as consequências das chuvas fortes e dos temporais típicos da estação mais quente do ano.
As ações são conduzidas por um Comitê Gestor que reúne várias secretarias e órgãos municipais e seus servidores e foi criada pelo decreto 22.507, de 21 de novembro de 2022 e está sob o comando da Defesa Civil.
