Com informações de Jorge Talmon/EPTV Campinas
Com 10.293 casos confirmados e três mortes causadas pela dengue até o momento em 2023, Campinas prevê uma piora dos índices em 2024. O temor é que os tipos 3 e 4 do vírus elevem o risco à população, já que as variações podem fazer pessoas que já foram infectadas voltarem a ficar doentes. As preocupações foram manifestadas em uma entrevista coletiva nesta terça (19) – leia abaixo.
Atualmente, sete bairros estão com risco alto de transmissão, segundo um alerta da pasta municipal de Saúde publicado no começo deste mês. Veja aqui quais são.
Historicamente com maior circulação do sorotipo 1, a cidade teve a prevalência deste tipo do vírus nas epidemias anteriores, em 2014 e 2015, e continuou sob essa condição nos últimos anos. Por esse motivo, observa com cautela a situação de outros municípios, regiões e estados que registraram as outras variações. O receio é que uma maior parcela da população volte a ficar suscetível à doença.
“Cada vez que você tem dengue, você tem por um sorotipo. Cada vez que você adoece, você fica imune àquele sorotipo. Então, a população está mais imune ao sorotipo 1, mas está mais suscetível aos tipos 3 e 4. No Rio de Janeiro, tivemos o sorotipo 4, e no noroeste paulista, o sorotipo 3. Então, está bem pertinho”, diz a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas, Daiane Morato.
Ainda segundo Morato, o combate é contínuo e deve ser reforçado através das ações de nebulização em bairros considerados críticos e do monitoramento da Vigilância após as notificações de casos suspeitos do vírus causador da dengue. Outras medidas, porém, dependem do auxílio e da participação da população.
Recusa de moradores
Em meio à preocupação com a possibilidade de registrar altas taxas de infecção pela dengue no ano que vem, a Prefeitura de Campinas alerta que a recusa dos moradores em receberem os agentes de saúde cresceu nos últimos anos. A atividade é importante para identificar e acabar com os criadouros do mosquito Aedes aegypti, mas não tem sido aplicada facilmente em alguns locais da cidade.
Entre os bairros com maior índice de recusa, estão o Boa Vista e o Jardim Eulina. Nas duas regiões, o coordenador do Programa de Arboviroses de Campinas, Fausto de Almeida Marinho Neto, diz que é necessária a volta das equipes em outros dias para tentar concluir o trabalho de visita e vistoria.
“A população nega a entrada, então a gente volta outras vezes pra tentar entrar nessas casas que não tinham alguém pra atender ou em que houve uma recusa. A gente pede que a população abra suas portas, mesmo por mais de uma vez em um período curto. Porque esse é um sinal que a situação está grave na região e que a gente precisa entrar pra fazer o controle do mosquito”, detalha Marinho.
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