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CotidianoDengue: falta de inseticida faz Campinas realizar compra emergencial para nebulização

Dengue: falta de inseticida faz Campinas realizar compra emergencial para nebulização

Saúde tem inseticida suficiente até meados de abril; Campinas tem 453 casos de dengue em 2023

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Nebulização contra o mosquito aedes aegypti em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Nebulização contra o mosquito aedes aegypti em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

Sem receber lotes do inseticida que combate o mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, Campinas ficou uma semana sem nebulização e precisou fazer uma compra emergencial. O problema também acontece em outros municípios da região – confira mais detalhes abaixo.

De acordo com as secretarias municipais de Saúde, a situação é causada pela falta de estoque do produto, o que fez o Ministério da Saúde atrasar o envio dos lotes aos estados e prejudicar a aplicação do chamado “fumacê” em cidades e regiões com mais registros de casos suspeitos e confirmados das doenças.

Em Campinas, que registra 453 casos de dengue em 2023, o coordenador do Programa de Arboviroses de Campinas, Fausto de Almeida Marinho Neto, explica que a nebulização deixou de ser feita por sete dias no início do ano, mas já foi retomada após a compra de novas remessas do inseticida. O estoque deve ser suficiente até meados de abril.

“Nos baseando na previsão do ministério do estado, a gente fez uma organização de compra para que dure pelo menos até meados de abril, o suficiente para a chegada do ministério. Caso não chegue, a gente tem as ações de campo, de praxe, mas também faremos uma análise de nova compra emergencial”, diz.

Fausto, porém, lembra que o combate à dengue e a outras doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti não pode ignorar as ações de controle de criadouros pelas equipes da Saúde e pela população. De acordo com ele, o uso dos inseticidas é uma atividade emergencial em locais de grande transmissão.

 

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OUTRAS CIDADES

Além de Campinas, Santa Bárbara d’Oeste também fez uma compra emergencial para não interromper a nebulização. Já Indaiatuba informou que aguarda receber o produto, pois tem o suficiente somente para mais uma semana.

Na região, outros municípios vivem situações mais graves. É o caso de Mogi Guaçu, que não tem feito nebulização nos bairros porque não tem inseticida. O último fornecimento pelo estado foi de 10 litros em agosto de 2022. Com isso, a prefeitura faz apenas visitas para combater criadouros.

Em Limeira, a prefeitura informou que tem economizado a substância para usar o produto de forma pontual em lugares onde a situação é mais complicada.

O QUE DIZ O ESTADO

A secretaria Estadual de Saúde informou à EPTV Campinas que abriu um processo pra comprar 15 mil litros de inseticidas para os meses de março, abril e maio, período de maior incidência de doenças dengue, chikungunya e zika.

A expectativa é distribuir, já na próxima segunda-feira (20), 5 mil litros do produto. Segundo a pasta, o principal critério para a distribuição vai ser a avalição epidemiológica de cada cidade, para definir quais terão prioridade.

Procurado, o Ministério da Saúde não enviou resposta até o momento sobre a falta do inseticida. O texto será atualizado assim que isso ocorrer. 

 

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