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CotidianoDenúncias contra empresas que não cumprem cota PcD crescem mais de 200% na região

Denúncias contra empresas que não cumprem cota PcD crescem mais de 200% na região

Região de Campinas mais do que dobrou em casos de empresas que não estão de acordo com a lei para contratar pessoas com deficiência

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No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado neste sábado (21), ainda há muito o que se batalhar pelos direitos dos PcDs (Pessoas com Deficiência), principalmente em relação ao mercado de trabalho. No Brasil, empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas por lei a contratar uma cota de empregados PcD, mas nem sempre isso é seguido. 

O número de denúncias sobre o descumprimento da norma mais do que dobrou na região de Campinas do começo do ano até agora, com alta de mais de 200%. 

Alta nas denúncias sobre descumprimento da cota PcD 

A determinação estabelece que o número de contratações PcD tem que variar de 2% a 5%, de acordo com o tamanho do quadro de trabalhadores da empresa. Porém, a quantidade de denúncias contra empresas que descumprem essa norma na região Campinas aumentou

De acordo com levantamento do MPT (Ministério Público do Trabalho) da 15ª região, de janeiro a agosto de 2023 foram 21 denúncias. Já no mesmo período deste ano, o número subiu para 67 denúncias, alta de 209%.

Importância da inclusão 

Em uma rede de fast food em Barão Geraldo, Victor Azevedo Andreucci, que tem Síndrome de Down, é o funcionário mais antigo da unidade, somando 25 anos de casa. “O que eu falo é que a gente tem que seguir em frente”, comenta o atendente. 

O Victor é motivo de orgulho para a empresa e para os colegas. “Quando eu cheguei na loja, o Victor trabalhava na cozinha, era outro sistema. Ele fazia lanche, ficava na chapa. Depois, ele começou a vir um pouco mais para frente e, hoje em dia, ele fica mais na área do cliente. Mas o Victor sempre foi muito esperto, muito dedicado, muito esforçado”, comenta a gerente Heloísa Aparecida da Silva. 

Se por um lado há histórias como a do Victor, por outro, jovens como o Carlos Henrique Pimentel de Brito, que tem deficiência visual, ainda estão fora do mercado. No caso dele, não é por falta de iniciativa. “Só recebi não. Às vezes eu nem consigo enviar currículo, não respondem”, conta.  

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Muitas vezes, quem tem alguma deficiência precisa só de um “empurrãozinho”, basta as empresas obedecerem a lei ou as pessoas denunciarem aquelas que não cumprem com a cota de contratação de gente como o Carlos. 

“O aumento de denúncias pode fazer a gente pensar que a nossa sociedade está mais alerta para isso, está mais consciente desse impacto que acaba acontecendo na vida dessas pessoas com deficiência”, comenta a psicóloga Carla Béck. 

Além de muita força de vontade, o Carlos tem o importante apoio da mãe para conseguir um emprego. Ele recebeu propostas, mas nenhuma de acordo com a limitação dele.  

“Eu tenho sim esperança, não só pelo meu filho, mas também pelos outros que também estão em busca de emprego”, comenta Luzia Pimentel.  

Não basta apenas contratar 

A psicóloga Carla Béck deixou claro: não basta apenas contratar para se adequar à lei. Manter uma pessoa com deficiência na empresa é um compromisso de inclusão social. 

“Tem que agregar, entender que a pessoa com deficiência vem com a sua experiência, com algum conhecimento, ela vem com as suas características para agregar. Entender que todos nós sempre temos a oportunidade de estar contribuindo uns com os outros”, afirma a especialista. 

Como denunciar 

Para fazer uma denúncia sobre esse tipo de descumprimento da lei, basta procurar o Ministério Público do Trabalho. O número de telefone da ouvidoria é 0800 771 3315.  

*Com informações de Pedro Torres/EPTV Campinas

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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