Dois homens investigados na Operação Black Flag, que apura a ação de um grupo de Campinas suspeito de praticar crimes financeiros, se entregaram na manhã desta quinta-feira (13) na sede da Polícia Federal de Campinas. Os dois devem permanecer presos e à disposição da Justiça.
A operação denominada ‘Black Flag’ foi deflagrada na manhã de terça-feira (11). No dia, 12 pessoas investigadas foram detidas, sendo que 10 dos mandados foram cumpridos em Campinas, e os outros dois na capital e em Brasília. Outras três pessoas envolvidas na organização criminosa ainda estavam foragidas.
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A operação teve como alvo um grupo econômico da região de Campinas que teria utilizado empresas de fachada e pessoas físicas falsas para movimentar recursos financeiros. A organização foi identificada pela Receita Federal durante o trabalho de fiscalização.
O grupo é acusado de fraudes no sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro na ordem de R$ 2,5 bilhões. O esquema era responsável por manter os integrantes em um “padrão cinematográfico” de vida, com a compra de veículos de luxo, imóveis, lancha, joias e tinha até patrocínio de esporte automobilístico.
Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo, joias, diamantes, documentos falsos e a quantia de R$ 1 milhão em espécie. Durante as buscas, pelo menos dez carros de marcas de luxo foram apreendidos e encaminhados à sede da PF, em Campinas. Em Paraty (RJ), também foram recolhidas lanchas.
Segundo PF, o grupo tinha empresas do setor metalúrgico e atuava na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Um delegado da PF que atuava na capital foi afastado delegado por 30 dias por suspeita de troca de informações com os criminosos.
O nome da operação é uma alusão à cessação das atividades criminosas da organização assim como ocorre na desclassificação de corredores automobilísticos que infringem os regulamentos e recebem uma bandeirada preta, já que parte dos recursos originários dos crimes financiava o esporte automobilístico dos principais investigados.