A caixa misteriosa que mobilizou forças de segurança e interditou ruas do bairro Cambuí na manhã desta sexta-feira (6), em Campinas, era apenas uma decoração utilizada pela Isabela Ferracini na fachada de sua loja. Após a repercussão do caso, a proprietária informou à reportagem da EPTV Campinas que assim que começou a receber mensagens sobre a suspeita de bomba, avisou a Polícia.
“Todo o Cambuí viu a decoração de Natal. Então, os meus clientes começaram a avisar que a gente estava na TV com a caixa em uma previsão de bomba. Não tinha nada. Eram caixas que a gente pegou, embalou e pendurou como decoração. Pelo que vi no vídeo, ela estava bonita ainda. Então, provavelmente, devem ter achado bonito e iam dar de presente para alguém. Começamos o ano bombando”, comenta a proprietária.
A doceria usava a caixa do enfeite desde outubro, e algumas foram jogadas no lixo. Após o descarte, alguém pegou uma unidade e foi então que começou toda a confusão que mobilizou o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), da PM (Polícia Militar), Corpo de Bombeiros e a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) por quase 2 horas.
LEIA TAMBÉM
Novo alerta da Defesa Civil indica mais temporais com rajadas de ventos e granizo em Campinas
Vistorias da Defesa Civil aumentam e agentes monitoram 18 áreas de risco em Campinas
O CASO
O pacote rosa com fita vermelha, de cerca de 30 centímetros, foi deixado na manhã de hoje em frente a um imóvel para alugar na Avenida Benjamin Constant, por um homem ainda não identificado. O imóvel fica de frente a Caixa Econômica Federal. Câmeras de segurança do local chegaram a flagrar este momento.
Por volta de 7h, o gerente da Caixa Econômica chegou para trabalhar e encontrou a caixa suspeita. Ele, então, acionou a PM, que mobilizou a operação antibomba.
AÇÃO DO GATE
O Gate foi acionado às 9h46 e chegou ao local por volta de 11h50. Imagens feitas pela EPTV Campinas mostram o momento em que o objeto é detonado no meio da via depois de ser removido de onde foi abandonado.
A detonação foi acompanhada pelos bombeiros e por vários pedestres e moradores que se aglomeraram no local. O coronel da PM (Polícia Militar) e comandante do CPI 2 (Comando de Policiamento do Interior), Rodrigo Eval Arena, disse que o artefato foi analisado por vários equipamentos.
“O Gate fez um raio-x, com equipamento apropriado, uma espécie de robô que faz um scanner do objeto suspeito, e eles identificaram que tinha uma espécie de mola no interior, um pedaço de plástico. Pensaram que podia ser um explosivo plástico. Mas, também verificaram que não tinha fios, que não tinha bateria, que não tinham outros dispositivos eletrônicos, que são indicativos fortes de que realmente se tratava de um artefato explosivo. Ainda assim, eles preferiram fazer o desmantelamento do artefato para não restar nenhuma dúvida ou algum problema. Não era um explosivo”, disse.
Por conta da operação, a área foi isolada e a situação atraiu diversos moradores curiosos. O banco também ficou fechado durante a operação do Gate.
LEIA MAIS
